quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ed Gein

Nome Completo: Edward Theodore Gein
Sexo: Masculino
Data de Nascimento: 27 de agosto de 1906
Local de nascimento: Wisconsin - EUA
Número de vítimas: 2+
Motivo: Sexual
Data da Morte: 26 de julho de 1984
Como morreu: Causas Naturais


História

Edward Theodore Gein nasceu em 27 de agosto de 1906, em Lousiania Crosse, Wisconsin, mas sua família logo se mudou para uma fazenda fora de Plainfield. Seu pai teve empregos como curtidor e carpinteiro quando não estava trabalhando na fazenda, e sua mãe, Augusta, emergiu como uma pessoa dominante, tomando muitas das decisões da família por si própria. Religiosa devota, ela aconselhou seus dois filhos contra o sexo pré-nupcial. O pai de Ed faleceu em 1940, e seu irmão Henry, quatro anos depois, enquanto lutava contra um incêndio. Sua mãe sofreu um derrame naquele mesmo ano, e um segundo matou-a em 1945 após uma discussão com um vizinho. Sozinho, finalmente, Gein lacrou o quarto de sua mãe e começou a “redecorá-lo” em seu próprio estilo inimitável.
Desde a infância, Gein tinha sido ambíguo quanto à sua masculinidade, considerando a amputação de seu pênis em diversas ocasiões. A pioneira transexual Christine Jorgensen estava nas manchetes naquela época e Gein cogitou a cirurgia transexual, mas o processo era caro e amedrontador.

Roubos de corpos

Entre 1947 e 1954, Gein freqüentou três cemitérios locais, abrindo uma estimativa de 40 tumulos em suas incursões noturnas. Ele removia corpos inteiros ou escolhia pedaços; poucos corpos foram depois devolvidos para seu lugar de descanso. Supostamente auxiliado nos dias iniciais por Gus, um vizinho simplório, Gein continuou as escavações por conta própria quando seu assistente faleceu. Em casa, ele usava as relíquias demoníacas com decorações domésticas. As cabeças eram montadas em colunas da cama e as tampas dos crânios serviam como tigelas para Gein. Ele utilizou móbiles de nariz, boca e lábios e ostentava mamilos ao redor da casa. A pele humana foi diversas vezes utilizada para cúpula, construção de cestas de lixo e revestimento de cadeiras.
Os pedaços mais finos eram especialmente preservados para Gein vestir em casa. Para ocasiões cerimoniais, tais como dançar sob a lua, ele vestia uma cabeleira e face de mulher, uma pele retirada usada como veste completa com seios, a genitália feminina amarrada sobre a sua própria. “Colocando” outro sexo e personalidade, Gein parecia encontrar a medida de contentamento, mas suas incursões de ressurreição eventualmente falhavam em satisfazer uma necessidade mais profunda.

Os assassinatos

Em 8 de dezembro de 1954 o coração de Ed batia forte quando entrou na taverna Hogan. Tinha esperado que Mary Hogan, 54 anos, dona da taverna, ficasse sozinha para dar início a sua empreitada. Rápida e sorrateiramente, sem nenhum alarde, atirou na cabeça dela com uma arma calibre .32 e colocou o corpo em sua caminhonete.
Agiu com rapidez e jamais foi visto.
Ao pegá-la nos braços pode ainda sentir o sangue correndo pelas veias com pouca intensidade, o calor que ainda emanava do corpo quase sem vida. Ao recortá-la, já em casa, não cansava de admirar as cores que ainda desenhavam seu rosto. Como era parecida com sua mãe. Fechou os olhos e abraçou-a, quase sentindo o perfume de Augusta espalhando-se pelo ar. Recortou as partes que precisaria para sua vestimenta e, com delicadeza, as guardou. Aquele seria seu traje especial e sentiria toda sua feminilidade quando o vestisse. Recortou a genitália de Mary, guardando-a numa caixa de sapato juntamente com tantas outras. Ali brilhava a vagina da mãe, pintada de prata, destacando-se em sua superioridade anatômica.
Mais tarde separaria alguns ossos que utilizaria na confecção de móveis úteis para sua casa e daria terapêutica diferente para a pele, com a qual mudaria o assento de algumas cadeiras. Podia pensar nisso mais tarde. Recolhendo alguns miúdos foi preparar o jantar.
Foi um cliente, que encontrando a taverna vazia, notificou a polícia do desaparecimento de Mary Hogan. Uma grande poça de sangue manchava o chão e um cartucho calibre .32 jazia ali perto. As manchas de sangue seguiam pela porta dos fundos em direção ao estacionamento, até chegar às marcas de pneu no chão que pareciam ser de uma caminhonete. Apesar de concluir que a vítima havia sido baleada e levada dali, a polícia foi incapaz de encontrar qualquer pista sobre o desaparecimento da mulher. Ninguém percebeu que, fisicamente, Mary Hogan se parecia muito com Augusta Gein. Na verdade, ninguém pensava em Ed Gein, ele era um sujeito inofensivo e irrelevante, quanto mais associá-lo a algum crime. Impensável.
Em 16 de novembro de 1957 Frank Worden, xerife substituto da cidade, voltava para casa depois de uma caçada havia muito planejada. Morava com a mãe, Bernice, 59 anos, que ficara cuidando da loja de ferragens da família. Ao aproximar-se da loja, estranhou ver tudo apagado e fechado. Chamou pela mãe, mas o silêncio era absoluto. Passou os olhos experientes pelo local e rapidamente percebeu que a máquina registradora havia sido levada e poças de sangue manchavam o chão. Correu até o balcão e verificou as notas de vendas daquele dia, até se deparar com um recibo de um galão de líquido anticongelante feito com a letra de sua mãe, em nome de Ed Gein. Um frio terrível percorreu-lhe a espinha. Como num jogo de “ligue os pontos”, lembrou-se de como Ed, que vivia isolado da comunidade, havia se aproximado dele no decorrer daquele ano, puxando conversa de um jeito tímido, quase infantil. Não dera muita atenção ao fato, mas naquele momento lembrou-se de como contara ao “novo amigo” seus planos de ir caçar naquele dia.
Saiu apressado pela porta, inquirindo um atendente de uma garagem local que disse ter visto uma caminhonete indo embora da loja de Bernice às 9h daquela manhã. Frank chamou o xerife Schley, relatou suas preocupações e os dois resolveram ir até a fazenda de Ed, nem que fosse só para uma verificação de rotina.

Prisão



Ao chegar a fazenda, espantaram-se com a degeneração do local. O dono não foi encontrado e tudo estava trancado. Seguiram então pelas redondezas à procura dele, até que tiveram sucesso em sua busca numa quitanda próxima, onde Ed jantava com os proprietários do local e já estava para sair.
O xerife Schley o abordou e pediu que entrasse no carro da polícia, onde responderia a algumas perguntas. Edward Gein reagiu mal, respondendo ao xerife com alguém poderia querer culpá-lo pelo assassinato de Bernice Worden. Foi preso na hora: ninguém havia mencionado ainda a morte de Bernice, mesmo porque ainda não sabiam seu destino, nem sequer a haviam encontrado.

Descobertas surpreendentes e bizarras


Frank e o xerife conduziram o preso até sua casa para fazer uma revista. Jamais imaginariam a cena de horror que encontrariam e as bizarras provas de que Ed Gein havia se tornado um assassino. Bernice Worden jazia nua, pendurada de cabeça para baixo num gancho de carne, como os de açougue, cortada de cima a baixo frontalmente. Sua cabeça e intestinos foram encontrados em uma caixa, seu coração em um prato sobre a mesa da sala de jantar, além de outras partes que cozinhavam numa panela sobre o fogão.
Na mais horrível busca por provas que os policiais de Plainfield enfrentaram na vida, foram apreendidos os seguintes itens:

Uma poltrona feita de pele humana
Genitália feminina preservada numa caixa de sapato
Um cinto feito de mamilos
Uma cabeça humana
Quatro narizes
Um coração humano
Um terno masculino feito inteiramente de pele humana
Uma mesa escorada com ossos de canela humana
Nove máscaras mortuárias feitas com faces de mulheres mortas
Pulseiras de pele humana
Uma bolsa feita de pele humana
Dez cabeças de mulheres cortadas acima das sobrancelhas
Uma bainha para faca feita de pele humana
Um par de calças de pele humana
Quatro cadeiras onde a palha foi substituída por pele entrelaçada
Uma caixa de sapatos contendo nove vaginas salgadas, sendo a de Augusta Gein pintada de cor prata
Uma cabeça humana dependurada em um cabide
Uma camisa feminina feita de pele humana
Várias cabeças humanas encolhidas
Dois crânios enfeitando os pés da cama de Ed Gein
Dois lábios humanos dependurados em um barbante
Uma coroa de crânio transformada em prato de sopa
Uma geladeira repleta de órgãos humanos
Cúpulas de abajures feitas de pele humana
Cabeças recheadas com jornal e expostas como troféu
Um sutiã feito com o torso de uma mulher

Calcula-se que foram encontradas partes de quinze corpos humanos na fazenda de Ed Gein, mas ele nunca conseguiu lembrar-se de quantos assassinatos de fato cometeu. Foi processado apenas pelas mortes de Mary Hogan e Bernice Worden.

Julgamento e morte

Após passar dez anos internado em um hospital psiquiátrico, foi considerado apto para ir a julgamento e culpado pelos crimes, mas mentalmente insano e enviado ao Hospital Estadual Central de Waupon. Em 1978 foi removido para o Instituto de Saúde Mental de Mendota, onde morreu de causas naturais em 26 de julho de 1984, aos 77 anos. Sempre foi considerado um prisioneiro modelo: gentil, polido e discreto.

Suspeitas

Edward Theodore Gein é suspeito de ter cometido pelo menos mais cinco assassinatos, mas nada nunca foi provado.
As suspeitas sem provas que pairavam sobre Ed eram várias. Contava-se na cidade que ele teria sido convidado para ir à casa de seus vizinhos mais próximos, os Bankses, numa certa ocasião. Ali estava uma parente da família que usava short, e Ed não tirava os olhos dela. Tarde da noite, um intruso arrombou a casa e pegou o filho pequeno da tal parente pela garganta, perguntando por sua mãe. O intruso se assustou com algum barulho e fugiu antes que o garoto pudesse responder. Ele achou que reconheceu Ed Gein.
Geórgia Weckler, 8 anos, desapareceu vindo da escola para casa, em 1º de maio de 1947. A única pista que a polícia tinha sobre o caso eram marcas de pneu de um carro da marca Ford. O caso foi reaberto depois da prisão de Gein, pois ele tinha um veículo desta marca.
Evelyn Hartley, 15 anos, desapareceu no caminho de sua casa, situada em La Crosse, Wisconsin. O pai dela, depois de ligar insistentemente do trabalho para casa sem obter resposta, resolveu voltar mais cedo e verificar o que estava acontecendo. Como ninguém atendia a campainha, olhou pela janela e viu um dos sapatos e os óculos da filha no chão da sala. Tentou entrar na casa, mas todas as portas e janelas estavam trancadas, exceto uma: a do porão. Marcas de sangue manchavam a janela, e dentro da residência foram detectados sinais de luta. Chamou a polícia, que encontrou outras evidências como, como uma planta amassada com manchas de sangue, uma marca de sangue de mão numa casa vizinha, pegadas e o outro pé do sapato de Evelyn. Suas roupas manchadas de sangue foram encontradas alguns dias depois numa estrada perto de La Crosse, mas seu corpo nunca foi localizado.
O irmão de Ed, Henry, foi sugerido como uma possível vítima, visto que não houve necropsia ou investigação de seu falecimento.

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