segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Jack, o Estripador

Sexo: Masculino
Número de vítimas: 5+

Indiscutivelmente, o serial killer mais famoso do mundo, o assassino não identificado de prostitutas da era vitoriana de Londres, permanece um objeto de estudo para milhares de estudantes nos dias de hoje. Ainda assim, sua identidade permanece um tópico ativo de debates, com novas palavras no assunto publicadas a cada ano.



Os Fatos


O mistério de Jack, o Estripador começou em 31 de agosto de 1888, com a descoberta do corpo de uma mulher em Buck’s Row, no coração do cortiço de Whitechapel, em Londres. A vítima era Mary Nichols, conhecida como Polly por seus amigos, e ela ganhava sua magra subsistência como prostituta antes de um suposto cliente final mostrar um gosto por sangue. Sua garganta foi cortada, com ferimentos sob o maxilar, sugerindo que ela tivesse sido golpeada ou colocada inconsciente antes de o assassino manipular sua lâmina. Ao desnudar Polly no necrotério, o legista encontrou punhaladas pós-morte profundas em seu abdômen, com as perfurações até nos genitais.
O assassinato da prostituta de East End não era em nada novo para a Scotland Yard. Os detetives já possuíam dois outros casos nos livros de 1888. Emma Smith foi atacada em 2 de abril por uma gangue de quatro ou cinco assaltantes, vivendo o suficiente para descrever seus assassinos. Martha Tabran foi encontrada em Whitechapel em 7 de agosto, apunhalada 39 vezes com uma arma que lembrava uma baioneta. Nenhum dos crimes tinha qualquer coisa em comum com a morte de Mary Nichols. E os detetives tiveram de esperar por golpes posteriores para estabelecer um padrão.
Em 8 de setembro, a polícia encontrou sua ligação com a descoberta do corpo de Annie Chapman, cerca de 800 de Buck’s Row. A vítima outra prostituta, foi primeiramente deixada inconsciente após o que sua garganta foi cortada e ela foi estripada. Suas vísceras foram retiradas e colocadas em um ombro, partes da bexiga e vagina além do útero e ovários, desaparecidos da cena. The Lancet mencionou o Dr. Bagster Phillips, legista na proficiência do assassino de Chapman. “Obviamente”, o Dr. Phillips disse, “o trabalho foi de um especialista, pelo menos, que tinha esse conhecimento de anatomia ou exames patológicos para ser capaz de segurar os órgãos pélvicos com um movimento da faca.”
A primeira de diversas cartas supostamente escritas (em tinta vermelha) pelo assassino foi escrita em 25 de setembro e enviada três dias depois, endereçada à Agência de Notícias Central de Londres. Ela dizia:
“Prezado Chefe,
Continuo ouvindo que a polícia pegou-me, mas eles ainda não me prenderam. Rhode Island quando eles pareciam tão espertos e falaram sobre estarem no caminho certo. Aquela brincadeira sobre [suspeito não desiginado] Leather Apron deu-me um impulso real. Sou severo com prostitutas e não pararei de estripá-las até ser preso. O último trabalho foi uma grande obra. Não deu tempo para a senhora gritar. Como eles podem me pegar? Amo meu trabalho e quero começar novamente. Vocês logo ouvirão sobre mim e meus pequenos jogos divertidos. Poupei algumas das coisas vermelhas adequadas, em uma garrafa de cerveja de gengibre, do último trabalho, para escrever, mas ficou grosso como cola e não posso usá-lo. A tinta vermelha é suficientemente adequada, espero, ha, ha. No próximo trabalho cortarei as orelhas da senhora e enviarei para os oficiais da polícia apenas por diversão. Mantenha esta carta até eu fazer um pouco mais do trabalho, então relate-o imediatamente. Minha faca é boa e afiada, quero começar a trabalhar imediatamente se tiver uma oportunidade. Boa sorte.
Atenciosamente
Jack, o Estripador
Não se preocupe em dar-me um nome comercial. Não é muito bom publicar isto antes de eu tirar toda a tinta vermelha de minhas mãos. Dizem que sou um médico agora, ha, ha.

O Estripador confirmou outras duas vítimas em 30 de setembro. A primeira Elizabeth Stride, foi encontrada em uma viela estreita da berner Street à uma hora. Sua garganta estava cortada, mas não existiam outras mutilações, indicando que seu assassino foi surpreendido antes de poder completar sua terrível tarefa. 45 minutos depois, Catherine Eddowes foi encontrada por um policial em Mitre Square. De acordo com o oficial, ela foi cortada “como um porco no mercado”, com suas vísceras “atiradas em volta do seu pescoço.” O assassino (ou outra pessoa) escreveu uma mensagem criptografada em uma parede próxima: “Os Juwes não são homens que serão acusados por nada.”
O exame médico do corpo de Mitre Square revelou que Eddowes foi apunhalada no rosto, sua garganta foi cortada e ela foi estripada. O assassino removeu um rim, que não foi recuperado na cena. Um pedaço final de evidência, um ferimento superficial sob uma orelha, sugeria que o assassino tinha tentado cumprir sua promessa de um troféu para a polícia.
Naquela manhã, enquanto a polícia estava explorando as ruas de Whitechapel, alguém enviou pelo correio outra mensagem para a Agência de Notícias Central:
Não estava blefando querido Chefe, quando dei-lhe a pista. Você ouvirá ouvira sobre o trabalho do abreviado Jack amanhã. Um evento duplo desta vez. A número um gritou um pouco. Não pude acabar imediatamente. Não tive tempo para pegar as orelhas para a polícia. Agradeço por manter a última carta até eu voltar a trabalhar.
Jack, o Estripador

Uma terceira comunicação foi enviada em 16 de outubro para George Lusk, chefe do recente Comitê de Vigilância de Whitechapel. Essa dizia:
Do inferno
Sr. Lusk
Senhor, enviei metade do rim que tirei de uma mulher preservando-o para você, o outro pedaço cozinhei e comi, foi muito bom, posso enviar a você a faca ensangüentada que o tirou se esperar um pouco mais.
(assinado) Pegue-me quando puder, Senhor Lusk


Examinando o rim parcial que acompanhava a carta, o Dr. Openshaw, curador patológico do Museu do Hospital de Londres, pronunciou isso como uma “armadilha” do tipo esperado por um alcoólatra. Este mostrava sintomas da doença de Bright, como (supostamente) era o rim deixado pelo assassino de Catherine Eddowes. O Dr. Openshaw também observou que a artéria renal tem normalmente três polegadas de comprimento: duas polegadas permaneceram com Eddowes, uma polegada estava com o troféu repulsivo enviado a Lusk. Outro patologista, Dr. Sedwigk Saunders, relatou que o restante do rim de Eddowes era perfeitamente saudável, ele acreditava que o rim enviado a Lusk era uma brincadeira dos estudantes de medicina.
O pânico de Londres começou a enfraquecer no Halloween, mas Jack, o Estripador ainda não tinha acabado. A polícia foi convocada uma manhã, em 9 de novembro, para a viela de Miller em Spitalfields para ver os restos de Mary Kelly, ex-prostituta. Descoberta pelo mensageiro do proprietário ao inquirir sobre aluguéis atrasados. Ela foi a única vítima assassinada dentro de casa, e Jack levou total vantagem da oportunidade de esculpir um pedaço terrível da arte de açougueiro.
Como sempre, a vítima foi assassinada com um talho em sua garganta, dessa vez tão profundo que ela foi quase decapitada. Jack tinha esfolado seu nariz e orelhas. Seu braço esquerdo foi quase cortado no ombro, enquanto ambas as pernas foram esfoladas da coxa até os tornozelos. Kelly foi estripada, uma mão inserida no espaço do seu abdômen, seu fígado colocado na coxa. Seus seios cortados estavam no criado mudo junto com seus rins, coração e nariz. A polícia encontrou tiras de carne suspensas em pregos de molduras de quadros, e o sangue estava esparramado nas paredes. O exame mostrou que ela estava grávida de três meses, mas seu assassino tomou o útero e o feto para si.
O reino de terror do Estripador está tão próximo quanto no início, em mistério... ou esteve? Os papéis particulares do Sr. Melville Macnaghten, ex-chefe do CID (Divisão de Investigação Criminal dos EUA) para a Scotland Yard, denominaram três suspeitos principais, enquanto insistia que o Estripador “fez cinco vítimas e apenas cinco.” Entretanto outros estudiosos do caso não estão tão certos. Alguns deles calculam duas vítimas mais na contagem, assim elevando a contagem de corpos e expandindo a carreira do Estripador de dez semanas para três anos.
A prostituta Alice Mackenzie, encontrada morta em 17 de julho de 1889, é a primeira vítima extra registrada para Jack. Com sua garganta cortada e feridas profundas em seu abdômen, Mackenzie parecia uma provável nova adição à lista do Estripador. Um legista, Dr. Thomas Bond, creditou abertamente a Jack o crime, enquanto o Dr. Bagster Phillips discordava (o Dr. Phillips também pensou que dois assassinos separados eram responsáveis pelos crimes do Estripador em 1888). Enquanto hesitava para conectar o assassinato de Mackenzie ao Estripador, Phillips acreditava que este estava relacionado a um segundo crime, descoberto quase dois anos depois.
Em 13 de fevereiro de 1891, uma prostituta de nome Francis Cole foi encontrada em Spiralfields, com a garganta cortada e o abdômen estripado. O marinheiro mercante James Sadler foi preso pelo homicídio e diversas vezes restabelecido antes de sua liberação por falta de evidências. Um alcoólatra propenso a acessos de violência, Sadler foi visto em Whitechapel no dia em que Mackenzie morreu, e embarcou para o Báltico dois dias depois. Satisfeito, não obstante fora do registro de sua culpa em dois homicídios sádicos, alguns investigadores trataram Sadler como um suspeito nos crimes do Estripador, mas ele nunca foi acusado.



Os Suspeitos

Suspeitos aluíram nesse caso intrigante, com jogos justos de todos e qualquer um para uma teoria dramática ou outra. Na ausência de evidências conclusivas (sem impressão digital, sem testemunhas dos crimes, sem DNA), a lista de suspeitos cresce a cada ano que passa. Aqueles registrados até hoje incluem:

Montagne John Druitt (1857 – 1888), primeiro advogado de Londres na lista de suspeitos, cujo corpo, com pesos de pedras em um suicídio aparente, foi retirado do Tâmisa em 1º de dezembro de 1888. Macnaghten escreveu que “a partir de informação privada tenho pouca dúvida, mas sua própria família suspeitava que o homem fosse o assassino de Whitechapel.” Uma teoria alternativa pinta Druitt tanto como o assassino quanto como vítima, assassinado pelos associados influentes de Oxford para impdir um escândalo em potencial.
PROBLEMAS: Macnaghten errou ao identificar Druitt como um doutor de 41 anos, e nenhuma evidência liga Druitt aos crimes; sua nota do aparente suicídio não menciona os homicídios.

Aaron Kosminski (1864/65 – 1919), um judeu polonês empregado em Londres como cabelereiro, o segundo dos três suspeitos de Macnaghten, supostamente tornado insano por masturbação, confinado em um asilo para loucos em 1891.
PROBLEMAS: nenhuma evidência o liga aos homicídios; nenhum crime provado do Estripador ocorreu entre novembro de 1888 e fevereiro de 1891 enquanto estava à solta.

Michael Ostrog (nascido por volta de 1833), o terceiro suspeito oficial, descrito por Macnaghten como “o doutor russo louco e condenado e inquestionavelmente um maníaco homicida.” Um ladrão conhecido e homem vigarista, com condicional de seu último período na prisão em 1904, ele posteriormente desapareceu do registro público.
PROBLEMAS: Ostrog não era um médico (embora ele algumas vezes se passasse por um); nenhuma evidência o liga aos homicídios.

“Jill, a Estripadora”, apelido para uma suspeita feminina desconhecida, supostamente uma praticante de abortos disfarçando seus crimes com mutilação, proposta em 1888.
PROBLEMAS: nenhuma candidata da vida real identificada.

Severin Antoniovitch Klosovski (1865 - 1903), conhecido como “George Chapman”, um barbeiro cirurgião polonês e residente em Whitechapel em 1888, envenenou três esposas após 1895 e foi enforcado pela terceira violação. Em sua prisão, o inspetor Frederick Abberline supostamente observou: “Então pegamos Jack, o Estripador finalmente!”
PROBLEMAS: nenhuma evidência de ligação com os crimes; os assassinos sádicos raramente (se o fizerem) mudam para envenenamento.

Dr. Thomas Neil Cream (1850 – 1892), envenenador de quatro prostitutas de Lambeth em 1891-92, supostamente gritou “Sou Jack” quando foi enforcado.
PROBLEMAS: Cream estava preso em Illinois na época dos homicídios.

Príncipe Albert Victor Christian Edward (1864 – 1892), o duque de Clarence e herdeiro presumido do trono da Inglaterra, designado como suspeito pela primeira vez em 1962. Muitas teorias de “Estripador Real” descrevem o príncipe como um homossexual que detestava mulheres, tornado louco pela sífilis. Sua experiência na caça ao veado ensinou-o a cortar corpos.
PROBLEMAS: nenhuma ligação evidente com os homicídios; nenhuma prova de sífilis; registros oficiais colocam-no longe de Londres nas datas de todos os cinco homicídios; serial killers homossexuais tipicamente procuram vitímas do mesmo sexo.

James Kenneth Stephen (1859 – 1892), um tutor (alguns dizem amante gay) do príncipe Albert Victor, primeiramente nomeado publicamente como Estripador, suspeito em 1972. Stephen odiaria mulheres em geral e prostitutas em particular. Alguns estudantes do caso consideram seu manuscrito bem similar (ou idêntico) às diversas notas do “Estripador”.
PROBLEMAS: nenhuma ligação evidente com os crimes (ou para o caso homossexual com o príncipe); muitos especialistas no caso do Estripador acreditam que todas as correspondências do assassino eram um embuste, autorizado pelos jornalistas ou excêntricos.

Príncipe Albert Victor e James Stephen, designados como assassinos em equipe pelo Dr. David Abrahamson em Assassinato e Loucura, 1992.
PROBLEMAS: o mesmo para ambos os suspeitos; diversos erros históricos; a Scotland Yard nega a reivindicação de Abrahamson de que ele tivesse baseado sua teoria em informação dos arquivos da polícia.

Dr. Alexander Pedachenko (1857? – 1908?), médico russo que emigrou para a Grã-Bretanha, supostamente em 1888 para cometer os homicídios em conivência com a polícia secreta do Czar “para desacreditar a polícia metropolitana.”
PROBLEMAS: fontes duvidosas; nenhuma evidência o liga aos crimes.

Sir William Gull (1816 – 1890), médico efetivo da rainha Victoria que tratou o príncipe Albert Victor de tifo em 1871, pela primeira vez ligado ao caso do Estripador em 1970. Gull é acusado de liderar uma conspiração para silenciar aqueles com conhecimento do casamento ilegal do príncipe Albert Victor com uma pessoa comum católica, mutilando as vítimas de acordo com o ritual maçom.
PROBLEMAS: nenhuma evidência o liga aos crimes; Gull estava parcialmente paralisado pelo primeiro de diversos derrames em 1887; a legislação, então prevalecendo, teria anulado o suposto casamento; pesquisa subseqüente indica que a mulher em questão não era católica.

Walter Richard Sickert (1860 – 1942), principal artista britânico, descrito em diversas teorias desde 1976 tanto como o Estripador solitário quanto como o participante no plano maçônico do Dr. Gull. Um grafologista alegou (em 1993) que a nota “Prezado Chefe” do Estripador foi escrita na letra disfarçada de Sickert.
PROBLEMA: nenhuma prova o liga aos crimes.

Robert Donston Stephenson (nascido em 1841), conhecido como “Dr. Roslyn D’Onston”, primeiro designado como suspeito de ser o Estripador em 1987. Stephenson supostamente cometeu os homicídios como parte de um ritual de magia negra.
PROBLEMA: nenhuma evidência o liga aos crimes.

James Maybrick (1838 – 1889), um atacadista de algodão de Liverpool, supostamente o autor do “Diário do Estripador”, publicado com grande controvérsia em 1993.
PROBLEMAS: nenhuma evidência além do “diário” o conecta aos crimes; diversos analistas brandem “O Diário do Estripador” como uma falsificação datando da década de 1920.

Dr. Francis Tumblety (1833 – 1903), um “médico de ervas” irlandês-americano preso em Londres em 7 de novembro de 1888, sob múltiplas acusações de agressão (contra quatro homens) datando de julho; liberado sob fiança, ele fugiu para a América antes do julgamento. Os obituários o designam como Estripador suspeito, mas o caso contra ele foi publicado pela primeira vez em 1995.
PROBLEMAS: nenhuma ligação provada com os crimes; difere grandemente na aparência da suposta descrição do Estripador.

Joseph Barnett (1858 – 1926), um carregador de peixes de Londres que vivia com Mary Kelly até duas semanas antes de sua morte, designado como suspeito em 1995.
PROBLEMAS: liberado pela polícia em 1888; nenhuma ligação provada com os homicídios.

James Kelly (falecido em 1929), um residente de Londres confinado a um asilo após matar sua esposa em 1883; escapou em janeiro de 1888 e permaneceu solto até sua rendição voluntária em fevereiro de 1927. Morto dois anos depois, ele foi designado como suspeito pela primeira vez em 1986.
PROBLEMAS: nenhuma ligação provada com os homicídios; nenhuma explicação para sua breve duração, enquanto Kelly permanecia à solta por outros 39 anos.

2 comentários:

  1. Apesar de analistas acharem que "O Diário de Jack,o estripador" é uma farsa,eu ainda acredito que James Maybrick é o Estripador.Como mostrado no livro,ele teria motivos para matar prostitutas friamente e para matar Mary Jane Kelly em particular.

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  2. bem, eu acredito na possibilidade de "Jill, a estripadora", pois em uma reportagem do website do canal "History", ocorre o apontamento de uma possivel suspeita. Deixarei aqui o link caso queira conferir: http://seuhistory.com/noticias/quem-foi-jack-o-estripador-conheca-6-principais-teorias

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