quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Vídeo Jack, o Estripador
Vídeo do programa caso abierto: criminales de la história sobre Jack, o Estripador.
MUITO OBRIGADO PELAS VISITAS!!
Hoje o Blog passou das 1000 visitas!!
Agradeço a todos que visitam o blog! Continuem visitando comentem, opinem, sigam!
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Jack, o Estripador
Sexo: Masculino
Número de vítimas: 5+
Indiscutivelmente, o serial killer mais famoso do mundo, o assassino não identificado de prostitutas da era vitoriana de Londres, permanece um objeto de estudo para milhares de estudantes nos dias de hoje. Ainda assim, sua identidade permanece um tópico ativo de debates, com novas palavras no assunto publicadas a cada ano.
Os Fatos
Número de vítimas: 5+
Indiscutivelmente, o serial killer mais famoso do mundo, o assassino não identificado de prostitutas da era vitoriana de Londres, permanece um objeto de estudo para milhares de estudantes nos dias de hoje. Ainda assim, sua identidade permanece um tópico ativo de debates, com novas palavras no assunto publicadas a cada ano.
O mistério de Jack, o Estripador começou em 31 de agosto de 1888, com a descoberta do corpo de uma mulher em Buck’s Row, no coração do cortiço de Whitechapel, em Londres. A vítima era Mary Nichols, conhecida como Polly por seus amigos, e ela ganhava sua magra subsistência como prostituta antes de um suposto cliente final mostrar um gosto por sangue. Sua garganta foi cortada, com ferimentos sob o maxilar, sugerindo que ela tivesse sido golpeada ou colocada inconsciente antes de o assassino manipular sua lâmina. Ao desnudar Polly no necrotério, o legista encontrou punhaladas pós-morte profundas em seu abdômen, com as perfurações até nos genitais.
O assassinato da prostituta de East End não era em nada novo para a Scotland Yard. Os detetives já possuíam dois outros casos nos livros de 1888. Emma Smith foi atacada em 2 de abril por uma gangue de quatro ou cinco assaltantes, vivendo o suficiente para descrever seus assassinos. Martha Tabran foi encontrada em Whitechapel em 7 de agosto, apunhalada 39 vezes com uma arma que lembrava uma baioneta. Nenhum dos crimes tinha qualquer coisa em comum com a morte de Mary Nichols. E os detetives tiveram de esperar por golpes posteriores para estabelecer um padrão.
Em 8 de setembro, a polícia encontrou sua ligação com a descoberta do corpo de Annie Chapman, cerca de 800 de Buck’s Row. A vítima outra prostituta, foi primeiramente deixada inconsciente após o que sua garganta foi cortada e ela foi estripada. Suas vísceras foram retiradas e colocadas em um ombro, partes da bexiga e vagina além do útero e ovários, desaparecidos da cena. The Lancet mencionou o Dr. Bagster Phillips, legista na proficiência do assassino de Chapman. “Obviamente”, o Dr. Phillips disse, “o trabalho foi de um especialista, pelo menos, que tinha esse conhecimento de anatomia ou exames patológicos para ser capaz de segurar os órgãos pélvicos com um movimento da faca.”
A primeira de diversas cartas supostamente escritas (em tinta vermelha) pelo assassino foi escrita em 25 de setembro e enviada três dias depois, endereçada à Agência de Notícias Central de Londres. Ela dizia:
“Prezado Chefe,
Continuo ouvindo que a polícia pegou-me, mas eles ainda não me prenderam. Rhode Island quando eles pareciam tão espertos e falaram sobre estarem no caminho certo. Aquela brincadeira sobre [suspeito não desiginado] Leather Apron deu-me um impulso real. Sou severo com prostitutas e não pararei de estripá-las até ser preso. O último trabalho foi uma grande obra. Não deu tempo para a senhora gritar. Como eles podem me pegar? Amo meu trabalho e quero começar novamente. Vocês logo ouvirão sobre mim e meus pequenos jogos divertidos. Poupei algumas das coisas vermelhas adequadas, em uma garrafa de cerveja de gengibre, do último trabalho, para escrever, mas ficou grosso como cola e não posso usá-lo. A tinta vermelha é suficientemente adequada, espero, ha, ha. No próximo trabalho cortarei as orelhas da senhora e enviarei para os oficiais da polícia apenas por diversão. Mantenha esta carta até eu fazer um pouco mais do trabalho, então relate-o imediatamente. Minha faca é boa e afiada, quero começar a trabalhar imediatamente se tiver uma oportunidade. Boa sorte.
Atenciosamente
Jack, o Estripador
Não se preocupe em dar-me um nome comercial. Não é muito bom publicar isto antes de eu tirar toda a tinta vermelha de minhas mãos. Dizem que sou um médico agora, ha, ha.
O Estripador confirmou outras duas vítimas em 30 de setembro. A primeira Elizabeth Stride, foi encontrada em uma viela estreita da berner Street à uma hora. Sua garganta estava cortada, mas não existiam outras mutilações, indicando que seu assassino foi surpreendido antes de poder completar sua terrível tarefa. 45 minutos depois, Catherine Eddowes foi encontrada por um policial em Mitre Square. De acordo com o oficial, ela foi cortada “como um porco no mercado”, com suas vísceras “atiradas em volta do seu pescoço.” O assassino (ou outra pessoa) escreveu uma mensagem criptografada em uma parede próxima: “Os Juwes não são homens que serão acusados por nada.”
O exame médico do corpo de Mitre Square revelou que Eddowes foi apunhalada no rosto, sua garganta foi cortada e ela foi estripada. O assassino removeu um rim, que não foi recuperado na cena. Um pedaço final de evidência, um ferimento superficial sob uma orelha, sugeria que o assassino tinha tentado cumprir sua promessa de um troféu para a polícia.
Naquela manhã, enquanto a polícia estava explorando as ruas de Whitechapel, alguém enviou pelo correio outra mensagem para a Agência de Notícias Central:
Não estava blefando querido Chefe, quando dei-lhe a pista. Você ouvirá ouvira sobre o trabalho do abreviado Jack amanhã. Um evento duplo desta vez. A número um gritou um pouco. Não pude acabar imediatamente. Não tive tempo para pegar as orelhas para a polícia. Agradeço por manter a última carta até eu voltar a trabalhar.
Jack, o Estripador
Uma terceira comunicação foi enviada em 16 de outubro para George Lusk, chefe do recente Comitê de Vigilância de Whitechapel. Essa dizia:
Do inferno
Sr. Lusk
Senhor, enviei metade do rim que tirei de uma mulher preservando-o para você, o outro pedaço cozinhei e comi, foi muito bom, posso enviar a você a faca ensangüentada que o tirou se esperar um pouco mais.
(assinado) Pegue-me quando puder, Senhor Lusk
Examinando o rim parcial que acompanhava a carta, o Dr. Openshaw, curador patológico do Museu do Hospital de Londres, pronunciou isso como uma “armadilha” do tipo esperado por um alcoólatra. Este mostrava sintomas da doença de Bright, como (supostamente) era o rim deixado pelo assassino de Catherine Eddowes. O Dr. Openshaw também observou que a artéria renal tem normalmente três polegadas de comprimento: duas polegadas permaneceram com Eddowes, uma polegada estava com o troféu repulsivo enviado a Lusk. Outro patologista, Dr. Sedwigk Saunders, relatou que o restante do rim de Eddowes era perfeitamente saudável, ele acreditava que o rim enviado a Lusk era uma brincadeira dos estudantes de medicina.
O pânico de Londres começou a enfraquecer no Halloween, mas Jack, o Estripador ainda não tinha acabado. A polícia foi convocada uma manhã, em 9 de novembro, para a viela de Miller em Spitalfields para ver os restos de Mary Kelly, ex-prostituta. Descoberta pelo mensageiro do proprietário ao inquirir sobre aluguéis atrasados. Ela foi a única vítima assassinada dentro de casa, e Jack levou total vantagem da oportunidade de esculpir um pedaço terrível da arte de açougueiro.
Como sempre, a vítima foi assassinada com um talho em sua garganta, dessa vez tão profundo que ela foi quase decapitada. Jack tinha esfolado seu nariz e orelhas. Seu braço esquerdo foi quase cortado no ombro, enquanto ambas as pernas foram esfoladas da coxa até os tornozelos. Kelly foi estripada, uma mão inserida no espaço do seu abdômen, seu fígado colocado na coxa. Seus seios cortados estavam no criado mudo junto com seus rins, coração e nariz. A polícia encontrou tiras de carne suspensas em pregos de molduras de quadros, e o sangue estava esparramado nas paredes. O exame mostrou que ela estava grávida de três meses, mas seu assassino tomou o útero e o feto para si.
O reino de terror do Estripador está tão próximo quanto no início, em mistério... ou esteve? Os papéis particulares do Sr. Melville Macnaghten, ex-chefe do CID (Divisão de Investigação Criminal dos EUA) para a Scotland Yard, denominaram três suspeitos principais, enquanto insistia que o Estripador “fez cinco vítimas e apenas cinco.” Entretanto outros estudiosos do caso não estão tão certos. Alguns deles calculam duas vítimas mais na contagem, assim elevando a contagem de corpos e expandindo a carreira do Estripador de dez semanas para três anos.
A prostituta Alice Mackenzie, encontrada morta em 17 de julho de 1889, é a primeira vítima extra registrada para Jack. Com sua garganta cortada e feridas profundas em seu abdômen, Mackenzie parecia uma provável nova adição à lista do Estripador. Um legista, Dr. Thomas Bond, creditou abertamente a Jack o crime, enquanto o Dr. Bagster Phillips discordava (o Dr. Phillips também pensou que dois assassinos separados eram responsáveis pelos crimes do Estripador em 1888). Enquanto hesitava para conectar o assassinato de Mackenzie ao Estripador, Phillips acreditava que este estava relacionado a um segundo crime, descoberto quase dois anos depois.
Em 13 de fevereiro de 1891, uma prostituta de nome Francis Cole foi encontrada em Spiralfields, com a garganta cortada e o abdômen estripado. O marinheiro mercante James Sadler foi preso pelo homicídio e diversas vezes restabelecido antes de sua liberação por falta de evidências. Um alcoólatra propenso a acessos de violência, Sadler foi visto em Whitechapel no dia em que Mackenzie morreu, e embarcou para o Báltico dois dias depois. Satisfeito, não obstante fora do registro de sua culpa em dois homicídios sádicos, alguns investigadores trataram Sadler como um suspeito nos crimes do Estripador, mas ele nunca foi acusado.
O assassinato da prostituta de East End não era em nada novo para a Scotland Yard. Os detetives já possuíam dois outros casos nos livros de 1888. Emma Smith foi atacada em 2 de abril por uma gangue de quatro ou cinco assaltantes, vivendo o suficiente para descrever seus assassinos. Martha Tabran foi encontrada em Whitechapel em 7 de agosto, apunhalada 39 vezes com uma arma que lembrava uma baioneta. Nenhum dos crimes tinha qualquer coisa em comum com a morte de Mary Nichols. E os detetives tiveram de esperar por golpes posteriores para estabelecer um padrão.
Em 8 de setembro, a polícia encontrou sua ligação com a descoberta do corpo de Annie Chapman, cerca de 800 de Buck’s Row. A vítima outra prostituta, foi primeiramente deixada inconsciente após o que sua garganta foi cortada e ela foi estripada. Suas vísceras foram retiradas e colocadas em um ombro, partes da bexiga e vagina além do útero e ovários, desaparecidos da cena. The Lancet mencionou o Dr. Bagster Phillips, legista na proficiência do assassino de Chapman. “Obviamente”, o Dr. Phillips disse, “o trabalho foi de um especialista, pelo menos, que tinha esse conhecimento de anatomia ou exames patológicos para ser capaz de segurar os órgãos pélvicos com um movimento da faca.”
A primeira de diversas cartas supostamente escritas (em tinta vermelha) pelo assassino foi escrita em 25 de setembro e enviada três dias depois, endereçada à Agência de Notícias Central de Londres. Ela dizia:
“Prezado Chefe,
Continuo ouvindo que a polícia pegou-me, mas eles ainda não me prenderam. Rhode Island quando eles pareciam tão espertos e falaram sobre estarem no caminho certo. Aquela brincadeira sobre [suspeito não desiginado] Leather Apron deu-me um impulso real. Sou severo com prostitutas e não pararei de estripá-las até ser preso. O último trabalho foi uma grande obra. Não deu tempo para a senhora gritar. Como eles podem me pegar? Amo meu trabalho e quero começar novamente. Vocês logo ouvirão sobre mim e meus pequenos jogos divertidos. Poupei algumas das coisas vermelhas adequadas, em uma garrafa de cerveja de gengibre, do último trabalho, para escrever, mas ficou grosso como cola e não posso usá-lo. A tinta vermelha é suficientemente adequada, espero, ha, ha. No próximo trabalho cortarei as orelhas da senhora e enviarei para os oficiais da polícia apenas por diversão. Mantenha esta carta até eu fazer um pouco mais do trabalho, então relate-o imediatamente. Minha faca é boa e afiada, quero começar a trabalhar imediatamente se tiver uma oportunidade. Boa sorte.
Atenciosamente
Jack, o Estripador
Não se preocupe em dar-me um nome comercial. Não é muito bom publicar isto antes de eu tirar toda a tinta vermelha de minhas mãos. Dizem que sou um médico agora, ha, ha.
O Estripador confirmou outras duas vítimas em 30 de setembro. A primeira Elizabeth Stride, foi encontrada em uma viela estreita da berner Street à uma hora. Sua garganta estava cortada, mas não existiam outras mutilações, indicando que seu assassino foi surpreendido antes de poder completar sua terrível tarefa. 45 minutos depois, Catherine Eddowes foi encontrada por um policial em Mitre Square. De acordo com o oficial, ela foi cortada “como um porco no mercado”, com suas vísceras “atiradas em volta do seu pescoço.” O assassino (ou outra pessoa) escreveu uma mensagem criptografada em uma parede próxima: “Os Juwes não são homens que serão acusados por nada.”
O exame médico do corpo de Mitre Square revelou que Eddowes foi apunhalada no rosto, sua garganta foi cortada e ela foi estripada. O assassino removeu um rim, que não foi recuperado na cena. Um pedaço final de evidência, um ferimento superficial sob uma orelha, sugeria que o assassino tinha tentado cumprir sua promessa de um troféu para a polícia.
Naquela manhã, enquanto a polícia estava explorando as ruas de Whitechapel, alguém enviou pelo correio outra mensagem para a Agência de Notícias Central:
Não estava blefando querido Chefe, quando dei-lhe a pista. Você ouvirá ouvira sobre o trabalho do abreviado Jack amanhã. Um evento duplo desta vez. A número um gritou um pouco. Não pude acabar imediatamente. Não tive tempo para pegar as orelhas para a polícia. Agradeço por manter a última carta até eu voltar a trabalhar.
Jack, o Estripador
Uma terceira comunicação foi enviada em 16 de outubro para George Lusk, chefe do recente Comitê de Vigilância de Whitechapel. Essa dizia:
Do inferno
Sr. Lusk
Senhor, enviei metade do rim que tirei de uma mulher preservando-o para você, o outro pedaço cozinhei e comi, foi muito bom, posso enviar a você a faca ensangüentada que o tirou se esperar um pouco mais.
(assinado) Pegue-me quando puder, Senhor Lusk
Examinando o rim parcial que acompanhava a carta, o Dr. Openshaw, curador patológico do Museu do Hospital de Londres, pronunciou isso como uma “armadilha” do tipo esperado por um alcoólatra. Este mostrava sintomas da doença de Bright, como (supostamente) era o rim deixado pelo assassino de Catherine Eddowes. O Dr. Openshaw também observou que a artéria renal tem normalmente três polegadas de comprimento: duas polegadas permaneceram com Eddowes, uma polegada estava com o troféu repulsivo enviado a Lusk. Outro patologista, Dr. Sedwigk Saunders, relatou que o restante do rim de Eddowes era perfeitamente saudável, ele acreditava que o rim enviado a Lusk era uma brincadeira dos estudantes de medicina.
O pânico de Londres começou a enfraquecer no Halloween, mas Jack, o Estripador ainda não tinha acabado. A polícia foi convocada uma manhã, em 9 de novembro, para a viela de Miller em Spitalfields para ver os restos de Mary Kelly, ex-prostituta. Descoberta pelo mensageiro do proprietário ao inquirir sobre aluguéis atrasados. Ela foi a única vítima assassinada dentro de casa, e Jack levou total vantagem da oportunidade de esculpir um pedaço terrível da arte de açougueiro.
Como sempre, a vítima foi assassinada com um talho em sua garganta, dessa vez tão profundo que ela foi quase decapitada. Jack tinha esfolado seu nariz e orelhas. Seu braço esquerdo foi quase cortado no ombro, enquanto ambas as pernas foram esfoladas da coxa até os tornozelos. Kelly foi estripada, uma mão inserida no espaço do seu abdômen, seu fígado colocado na coxa. Seus seios cortados estavam no criado mudo junto com seus rins, coração e nariz. A polícia encontrou tiras de carne suspensas em pregos de molduras de quadros, e o sangue estava esparramado nas paredes. O exame mostrou que ela estava grávida de três meses, mas seu assassino tomou o útero e o feto para si.
O reino de terror do Estripador está tão próximo quanto no início, em mistério... ou esteve? Os papéis particulares do Sr. Melville Macnaghten, ex-chefe do CID (Divisão de Investigação Criminal dos EUA) para a Scotland Yard, denominaram três suspeitos principais, enquanto insistia que o Estripador “fez cinco vítimas e apenas cinco.” Entretanto outros estudiosos do caso não estão tão certos. Alguns deles calculam duas vítimas mais na contagem, assim elevando a contagem de corpos e expandindo a carreira do Estripador de dez semanas para três anos.
A prostituta Alice Mackenzie, encontrada morta em 17 de julho de 1889, é a primeira vítima extra registrada para Jack. Com sua garganta cortada e feridas profundas em seu abdômen, Mackenzie parecia uma provável nova adição à lista do Estripador. Um legista, Dr. Thomas Bond, creditou abertamente a Jack o crime, enquanto o Dr. Bagster Phillips discordava (o Dr. Phillips também pensou que dois assassinos separados eram responsáveis pelos crimes do Estripador em 1888). Enquanto hesitava para conectar o assassinato de Mackenzie ao Estripador, Phillips acreditava que este estava relacionado a um segundo crime, descoberto quase dois anos depois.
Em 13 de fevereiro de 1891, uma prostituta de nome Francis Cole foi encontrada em Spiralfields, com a garganta cortada e o abdômen estripado. O marinheiro mercante James Sadler foi preso pelo homicídio e diversas vezes restabelecido antes de sua liberação por falta de evidências. Um alcoólatra propenso a acessos de violência, Sadler foi visto em Whitechapel no dia em que Mackenzie morreu, e embarcou para o Báltico dois dias depois. Satisfeito, não obstante fora do registro de sua culpa em dois homicídios sádicos, alguns investigadores trataram Sadler como um suspeito nos crimes do Estripador, mas ele nunca foi acusado.
Os Suspeitos
Suspeitos aluíram nesse caso intrigante, com jogos justos de todos e qualquer um para uma teoria dramática ou outra. Na ausência de evidências conclusivas (sem impressão digital, sem testemunhas dos crimes, sem DNA), a lista de suspeitos cresce a cada ano que passa. Aqueles registrados até hoje incluem:
Montagne John Druitt (1857 – 1888), primeiro advogado de Londres na lista de suspeitos, cujo corpo, com pesos de pedras em um suicídio aparente, foi retirado do Tâmisa em 1º de dezembro de 1888. Macnaghten escreveu que “a partir de informação privada tenho pouca dúvida, mas sua própria família suspeitava que o homem fosse o assassino de Whitechapel.” Uma teoria alternativa pinta Druitt tanto como o assassino quanto como vítima, assassinado pelos associados influentes de Oxford para impdir um escândalo em potencial.
PROBLEMAS: Macnaghten errou ao identificar Druitt como um doutor de 41 anos, e nenhuma evidência liga Druitt aos crimes; sua nota do aparente suicídio não menciona os homicídios.
Aaron Kosminski (1864/65 – 1919), um judeu polonês empregado em Londres como cabelereiro, o segundo dos três suspeitos de Macnaghten, supostamente tornado insano por masturbação, confinado em um asilo para loucos em 1891.
PROBLEMAS: nenhuma evidência o liga aos homicídios; nenhum crime provado do Estripador ocorreu entre novembro de 1888 e fevereiro de 1891 enquanto estava à solta.
Michael Ostrog (nascido por volta de 1833), o terceiro suspeito oficial, descrito por Macnaghten como “o doutor russo louco e condenado e inquestionavelmente um maníaco homicida.” Um ladrão conhecido e homem vigarista, com condicional de seu último período na prisão em 1904, ele posteriormente desapareceu do registro público.
PROBLEMAS: Ostrog não era um médico (embora ele algumas vezes se passasse por um); nenhuma evidência o liga aos homicídios.
“Jill, a Estripadora”, apelido para uma suspeita feminina desconhecida, supostamente uma praticante de abortos disfarçando seus crimes com mutilação, proposta em 1888.
PROBLEMAS: nenhuma candidata da vida real identificada.
Severin Antoniovitch Klosovski (1865 - 1903), conhecido como “George Chapman”, um barbeiro cirurgião polonês e residente em Whitechapel em 1888, envenenou três esposas após 1895 e foi enforcado pela terceira violação. Em sua prisão, o inspetor Frederick Abberline supostamente observou: “Então pegamos Jack, o Estripador finalmente!”
PROBLEMAS: nenhuma evidência de ligação com os crimes; os assassinos sádicos raramente (se o fizerem) mudam para envenenamento.
Dr. Thomas Neil Cream (1850 – 1892), envenenador de quatro prostitutas de Lambeth em 1891-92, supostamente gritou “Sou Jack” quando foi enforcado.
PROBLEMAS: Cream estava preso em Illinois na época dos homicídios.
Príncipe Albert Victor Christian Edward (1864 – 1892), o duque de Clarence e herdeiro presumido do trono da Inglaterra, designado como suspeito pela primeira vez em 1962. Muitas teorias de “Estripador Real” descrevem o príncipe como um homossexual que detestava mulheres, tornado louco pela sífilis. Sua experiência na caça ao veado ensinou-o a cortar corpos.
PROBLEMAS: nenhuma ligação evidente com os homicídios; nenhuma prova de sífilis; registros oficiais colocam-no longe de Londres nas datas de todos os cinco homicídios; serial killers homossexuais tipicamente procuram vitímas do mesmo sexo.
James Kenneth Stephen (1859 – 1892), um tutor (alguns dizem amante gay) do príncipe Albert Victor, primeiramente nomeado publicamente como Estripador, suspeito em 1972. Stephen odiaria mulheres em geral e prostitutas em particular. Alguns estudantes do caso consideram seu manuscrito bem similar (ou idêntico) às diversas notas do “Estripador”.
PROBLEMAS: nenhuma ligação evidente com os crimes (ou para o caso homossexual com o príncipe); muitos especialistas no caso do Estripador acreditam que todas as correspondências do assassino eram um embuste, autorizado pelos jornalistas ou excêntricos.
Príncipe Albert Victor e James Stephen, designados como assassinos em equipe pelo Dr. David Abrahamson em Assassinato e Loucura, 1992.
PROBLEMAS: o mesmo para ambos os suspeitos; diversos erros históricos; a Scotland Yard nega a reivindicação de Abrahamson de que ele tivesse baseado sua teoria em informação dos arquivos da polícia.
Dr. Alexander Pedachenko (1857? – 1908?), médico russo que emigrou para a Grã-Bretanha, supostamente em 1888 para cometer os homicídios em conivência com a polícia secreta do Czar “para desacreditar a polícia metropolitana.”
PROBLEMAS: fontes duvidosas; nenhuma evidência o liga aos crimes.
Sir William Gull (1816 – 1890), médico efetivo da rainha Victoria que tratou o príncipe Albert Victor de tifo em 1871, pela primeira vez ligado ao caso do Estripador em 1970. Gull é acusado de liderar uma conspiração para silenciar aqueles com conhecimento do casamento ilegal do príncipe Albert Victor com uma pessoa comum católica, mutilando as vítimas de acordo com o ritual maçom.
PROBLEMAS: nenhuma evidência o liga aos crimes; Gull estava parcialmente paralisado pelo primeiro de diversos derrames em 1887; a legislação, então prevalecendo, teria anulado o suposto casamento; pesquisa subseqüente indica que a mulher em questão não era católica.
Walter Richard Sickert (1860 – 1942), principal artista britânico, descrito em diversas teorias desde 1976 tanto como o Estripador solitário quanto como o participante no plano maçônico do Dr. Gull. Um grafologista alegou (em 1993) que a nota “Prezado Chefe” do Estripador foi escrita na letra disfarçada de Sickert.
PROBLEMA: nenhuma prova o liga aos crimes.
Robert Donston Stephenson (nascido em 1841), conhecido como “Dr. Roslyn D’Onston”, primeiro designado como suspeito de ser o Estripador em 1987. Stephenson supostamente cometeu os homicídios como parte de um ritual de magia negra.
PROBLEMA: nenhuma evidência o liga aos crimes.
James Maybrick (1838 – 1889), um atacadista de algodão de Liverpool, supostamente o autor do “Diário do Estripador”, publicado com grande controvérsia em 1993.
PROBLEMAS: nenhuma evidência além do “diário” o conecta aos crimes; diversos analistas brandem “O Diário do Estripador” como uma falsificação datando da década de 1920.
Dr. Francis Tumblety (1833 – 1903), um “médico de ervas” irlandês-americano preso em Londres em 7 de novembro de 1888, sob múltiplas acusações de agressão (contra quatro homens) datando de julho; liberado sob fiança, ele fugiu para a América antes do julgamento. Os obituários o designam como Estripador suspeito, mas o caso contra ele foi publicado pela primeira vez em 1995.
PROBLEMAS: nenhuma ligação provada com os crimes; difere grandemente na aparência da suposta descrição do Estripador.
Joseph Barnett (1858 – 1926), um carregador de peixes de Londres que vivia com Mary Kelly até duas semanas antes de sua morte, designado como suspeito em 1995.
PROBLEMAS: liberado pela polícia em 1888; nenhuma ligação provada com os homicídios.
James Kelly (falecido em 1929), um residente de Londres confinado a um asilo após matar sua esposa em 1883; escapou em janeiro de 1888 e permaneceu solto até sua rendição voluntária em fevereiro de 1927. Morto dois anos depois, ele foi designado como suspeito pela primeira vez em 1986.
PROBLEMAS: nenhuma ligação provada com os homicídios; nenhuma explicação para sua breve duração, enquanto Kelly permanecia à solta por outros 39 anos.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Vídeo sobre serial killers
Vídeo de uma entrevista do programa Caso Abierto sobre assassinos em série com dois especialistas, dividido em duas partes.
Fala de algumas outras notícias no meio do programa, mas o assunto principal e mais falado é sobre os serial killers.
Fala de algumas outras notícias no meio do programa, mas o assunto principal e mais falado é sobre os serial killers.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Gray Man
Título Original: The Gray Man
Duração: 96 minutos
Ano: 2007
Atores: Patrick Bauchau, Jack Conley, John Aylward, Jillian Armenante, Silas Weir Mitchell, Vyto Ruginis, Mollie Milligan, Lexi Ainsworth, Ben Hall
Diretor: Scott L. Flynn
Duração: 96 minutos
Ano: 2007
Atores: Patrick Bauchau, Jack Conley, John Aylward, Jillian Armenante, Silas Weir Mitchell, Vyto Ruginis, Mollie Milligan, Lexi Ainsworth, Ben Hall
Diretor: Scott L. Flynn
Sinopse: A história chocante e verdadeira de Albert Fish, o mais monstruoso mesmo que pouco conhecido assassino em série na história do crime na América. Em 1928, aos 10 anos a angelical Grace Budd foi raptada por um senhor gentil e nunca mais foi vista. Após uma procura por todo o país durante seis anos, detetives finalmente prenderam Albert Fish pelo sequestro de Grace, mas não estavam preparados para os horrores que estavam prestes a descobrir ...
sábado, 19 de setembro de 2009
To Catch a Killer
Título Original: To Catch a Killer
Duração: 180 minutos
Ano: 1992
Atores: Brian Dennehy, Michael Riley, Margot Kidder, Meg Foster, David Eisner, John Boylan, Tony De Santis, Gary Reineke, Brenda Bazinet
Direção: Eric Till
Sinopse: "To Catch a Killer" conta a horrível história verdadeira de John Wayne Gacy - um bom amigo, vizinho útil, um grande artista para as crianças, um empresário de respeito, e um violento assassino serial que estuprou e assassinou mais de 30 meninos.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Vídeo Serial Killers Femininas
Vídeo com imagens e algumas informações sobre serial killers do sexo feminino.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Albert Fish
Título Original: Albert Fish
Duração: 86 minutos
Ano: 2007
Atores: Oto Brezina, Joe Coleman, Harvey Fisher, Derek Gaspar, Nathan Hall, Kasey Skinner, Donna Rawlins, Katherine Ramsland
Diretor: John Borowski
Sinopse: Albert Fish, a história verdadeira do terrível canibal idoso, sadomasoquista, e serial killer, que atraiu crianças para a morte em Nova York. Distorcendo contos bíblicos, Albert Fish leva os temas da dor, da tortura, da expiação e do sofrimento, literalmente, como ele ataca as vítimas de tortura e sacrifício.
Duração: 86 minutos
Ano: 2007
Atores: Oto Brezina, Joe Coleman, Harvey Fisher, Derek Gaspar, Nathan Hall, Kasey Skinner, Donna Rawlins, Katherine Ramsland
Diretor: John Borowski
Sinopse: Albert Fish, a história verdadeira do terrível canibal idoso, sadomasoquista, e serial killer, que atraiu crianças para a morte em Nova York. Distorcendo contos bíblicos, Albert Fish leva os temas da dor, da tortura, da expiação e do sofrimento, literalmente, como ele ataca as vítimas de tortura e sacrifício.
Caçada ao Maníaco do Parque
Descrição:
História verídica de um dos mais bárbaros episódios da crônica policial brasileira. Escrita a quatro mãos pela jornalísta Luíza Alcaide e pelo investigdor de polícia Luís Carlos dos Santos, relata os crimes do motoboy Francisco de Assis Pereira, um serial killer que violentava e matava suas vítimas no Parque do Estado, região sul da capital paulista. O relato revela com detalhes a forma como o assassino abordava sus vítimas e as convencia a acompanha-lo, segundo depoimento das sobreviventes. Pelo menos 10 mulheres foram mortas por Francisco. O livro também mostra o processo de investigação que levou as autoridades a prender o maníaco, além de questões judiciais e psiquiátricas que envolvem o caso.
História verídica de um dos mais bárbaros episódios da crônica policial brasileira. Escrita a quatro mãos pela jornalísta Luíza Alcaide e pelo investigdor de polícia Luís Carlos dos Santos, relata os crimes do motoboy Francisco de Assis Pereira, um serial killer que violentava e matava suas vítimas no Parque do Estado, região sul da capital paulista. O relato revela com detalhes a forma como o assassino abordava sus vítimas e as convencia a acompanha-lo, segundo depoimento das sobreviventes. Pelo menos 10 mulheres foram mortas por Francisco. O livro também mostra o processo de investigação que levou as autoridades a prender o maníaco, além de questões judiciais e psiquiátricas que envolvem o caso.
Editora: Escrituras
Autor: Luisa Alcalde, Luiz Carlos dos Santos
ISBN: 8586303488
Ano: 1999
Número de páginas: 126
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
domingo, 13 de setembro de 2009
Albert Fish
Nome Completo: Albert Hamilton Fish
Sexo: Masculino
Data de Nascimento: 19 de maio de 1870
Local de nascimento: Washington- EUA
Número de vítimas: 5+
Motivo: Sexual/Sádico
Data da Morte: 16 de janeiro de 1936
Como morreu: Executado na cadeira elétrica
História
Albert Fish nasceu em Washington no dia 19 de maio de 1870. Seu pai tinha 43 anos a mais que sua mãe e pelo menos sete membros de sua família tiveram graves doenças mentais em duas gerações que precederam o nascimento de Fish. Fish tinha 5 anos quando seu pai morreu de ataque cardíaco e sua mãe o colocou em um orfanato. No orfanato ele era frequentemente agredido, descobriu que gostava da dor física e começou a ter ereções quando era agredido, o que o influenciou a gostar do sadomasoquismo. Aos 7 anos sua mãe o tirou do orfanato porque havia conseguido um emprego.
Aos 9 anos Fish caiu de uma cerejeira e machucou seriamente a cabeça, o que mais tarde causaria dores de cabeça e pequenos problemas mentais.
Em 1882, aos 12 anos, Fish começou uma relação homossexual com um rapaz que trabalhava no telégrafo, que o incentivou a beber urina e praticar coprofagia. Fish começou a visitar casas de banho públicas onde observava rapazes se despindo e ali passava grande parte de seus fins de semana.
Em 1889 sua mãe arranjou-lhe um casamento com uma mulher nove anos mais nova. Eles tiveram seis filhos: Albert, Anna, Gertrude, Eugene, John e Henry.
Um ano depois do casamento eles mudaram-se para Nova York, onde Fish começou a ter relações homossexuais sadomasoquistas. Em Nova York ele começou a estrupar crianças e a participar de “atividades bizarras”. Fish começou a trabalhar como pintor e continuava a molestar rapazes, a maioria com menos de seis anos. Um dia, um de seus amantes levou-o a um museu de cera, onde Fish ficou fascinado com a bissetriz de um pênis. Pouco depois desenvolveu um interesse mórbido por castração. Durante uma relação com um homem mentalmente retardado, Fish tentou castrá-lo, mas o homem assustou-se e fugiu.
Em janeiro de 1917, sua mulher fugiu com um aluno interno chamado John Straube. Depois disso Fish começou a ovir vozes. Sua mulher voltou uma vez, trazendo Straube junto, e Fish aceitou-a com a condição de mandar seu amante embora. Mais tarde, ele descobriu que sua esposa estava mantendo Straube no sotão e ela partiu após uma discussão tempestuosa para nunca mais voltar.
Depois da partida de sua esposa Fish mudou muito seu comportamento. Aparentemente sujeito a alucinações, ele balançava seu punho em direção ao céu e gritava “Sou Cristo!”. Obcecado com pecado, sacrificio e reparação pela dor, Fish encorajou seus filhos e seus amigos a espancá-lo até sua nádegas sangrarem. Por conta própria ele inseria diversas agulhas em sua virilha, perdendo algumas de vista. (um raio-x na prisão revelou 29 agulhas inseridas em sua região pélvica, algumas corroídas pelo tempo, como meros fragmentos.). Em outras ocasiões, Fish embebia bolas de algodão em álcool, inseria-as em seu ânus e colocava fogo.
Embora nunca tivesse se divorciado de sua primeira esposa, Fish casou-se mais três vezes, usufruindo de uma vida sexual que os psiquiatras do tribunal descreveriam como uma das “perversidades sem pararelo.”
Os Fatos
Em 1928 Albert Hamilton Fish sentia o coração acelerar ao ler o anúncio de jornal que tinha nas mãos. Tratava-se de um jovem, Edward Budd, oferecendo seus serviços. Era a oportunidade que esperava para agir novamente. Fazia anos que escolhia as crianças e os jovens que levaria com ele, em cada um dos 23 estados americanos em que havia morado. Sua aparência o ajudava bastante, pois, grisalho desde jovem, era sempre tomado por um senhor de certa idade, incapaz de alguma maldade. Era o engano que todos cometiam.
Sem perder tempo, contatou o orgulhoso pai do rapaz que colocara o anúncio e marcaram um encontro para uma entrevista. Usou o pseudônimo de Frank Howard e se apresentou como fazendeiro, sem levantar nenhuma suspeita sobre suas reais intenções.
Mal se conteve até o dia marcado para conhecer o “futuro empregado”. Entrevistou Edward e mais um colega, Willy, e sem perder tempo contratou logo os dois para trabalharem para ele. Viria buscá-los no fim de semana, quando os garotos já estariam de malas prontas.
No domingo, elegante e tranquilo, foi até o endereço da família Budd cumprir o combinado. Como homem educado que era, levou para a dona da casa um pote de queijo e morangos, conquistando a confiança da mãe do rapaz, Delia Budd. O pai do rapaz, Albert, explodia de orgulho pelo fato de Edward ter procurado emprego para ajudar a família a melhorar de vida. Agora o filho trabalharia ajudando aquele alinhado e frágil senhor a cuidar de suas galinhas e vacas leiteiras, engrossando o parco dinheiro do sustento com dignidade e segurança. Ninguém duvidou de que alguém com aquela aparência realmente precisasse de auxílio nos trabalhos pesados que envolviam seus negócios. Ninguém percebeu que o garboroso velhinho não conseguia tirar os olhos da caçula da família, Grace Budd, uma menina de apenas 10 anos. Como que tomado por uma paixão súbita, o frágil senhor mudou drasticamente seus planos.
Sem que ninguém imaginasse suas verdadeiras intenções, o novo patrão de Edward Budd contou para Albert e Delia que tinha de ir ao aniversário de uma sobrinha antes de levar seus novos empregados para a fazenda. Assim, com displic~encia, convidou a linda menina para acompanhá-lo a festa. Seria divertido para Grace, e ela seria ótima companhia para sua sobrinha. Os pais da menina titubearam. Ele poderia dizer onde era a festa? Claro que sim, respondeu Howard, escrevendo o endereço em um pedaço de papel. Sem argumentos para fazer tal descortesia ao novo patrão de seu filho, assistiram quase impotentes enquanto o distinto senhor pegava Grace pela mão e saía pela porta.
Horas depois, já desesperados com o sumiço da filha, chamaram a polícia, que informou à família que o endereço da festa era falso. Nunca mais veriam a menina.
Sem perder tempo, Fish levou a pequena Grace para uma viagem de trem e desceu na estação de Worthington. Excitado ao rever os planos macabros que tinha em mente para ela, quase se esqueceu, no assento em que vieram sentados, da maleta com todos os instrumentos que comprara para castrar Edward e Willy, suas vítimas iniciais. Sorrindo para a menina que o havia lembrado de levar seus pertences, rumou em direção a uma casa vazia em Westchester chamada de Wisteria Cottage, lugar previamente escolhido por ele para colocar em prática seus desejos perversos.
Grace não desconfiou de nada. Ficou no quintal, como o Sr. Howard mandou, colhendo flores. Enquanto a menina se distraía, Fish foi para o quarto no andar superior com suas facas de corte afiado. Experiente, tirou as próprias roupas para não sujá-las de sangue, acenou para Grace da janela, fazendo sinal para que subisse, e se escondeu no armário até que ela adentrasse o quarto o suficiente para que ele a atacasse.
A garotinha gritou, chutou e arranhou seu agressor, sem sucesso, enquanto ele arrancava suas roupas e a asfixiava. Não teve a menor chance, o velhinho não era tão fraco quanto aparentava.
A Carta e a Investigação
Seis anos depois de Grace Budd desaparecer, o caso ainda estava aberto, mas ninguém mais esperava que ela fosse encontrada, nem mesmo seu raptor, Apenas um homem, o detetive William F. King, continuava a trabalhar incansavelmente. De vez em quando, em conjunto com o jornalista Walter Winchell, plantava uma notícia falsa sobre o andamento das investigações no jornal para que o assunto continuasse em pauta, numa frágil tentativa de não deixar o caso cair no esquecimento. Assim foi veiculada a notícia, em novembro, de que em breve surpresas seriam reveladas pelo Departamento de Pessoas Desaparecidas.
Dez dias depois, Delia Budd, mãe de Grace, recebeu uma carta. Por sorte e por causa do seu analfabetismo, entregou-a sem ler ao filho, Edward Budd. O rapaz completamente chocado e perturbado com o conteúdo da leitura, apressou-se em entregar a carta ao detetive King. O conteúdo da carta era o seguinte:
Minha querida sra. Budd,
Em 1884 um amigo meu embarcou como trabalhador braçal de convés no navio Steamer Tacoma, o capitão John Davis. Eles velejaram de San Francisco para Hong Kong, na China. Quando chegaram lá, ele e dois outros foram para terra e ficaram bêbados. Quando voltaram, o navio tinha ido embora. Aqueles eram tempos de fome na China. Carne de qualquer tipo custava de 1 a 3 dólares a libra. Tão grande era o sofrimento entre os muito pobres que todas as crianças com menos de 12 anos foram vendidas como comida, para manter os outros não famintos. Um menino ou menina de menos de 14 anos não estava seguro nas ruas. Você poderia ir a qualquer loja e pedir um bife, cortes de carne ou picadinho. Do corpo nu de um menino ou menina seria trazida exatamente a parte desejada por você, que seria cortada dele.
A parte de trás de meninos ou meninas é a mais doce parte do corpo e era vendida como costela de vitela, no preço mais alto.
John ficou lá tanto tempo que adquiriu gosto por carne humana. Quando voltou para Nova York, ele roubou dois meninos de 7 e 11 anos. Levou-os para sua casa, tirou a roupa dos dois e os amarrou nus no armário. Então queimou tudo deles. Inúmeras vezes, todo dia e noite, ele os espancou e os torturou para fazer com que sua carne ficasse boa e tenra.
Primeiro ele matou o menino de 11 anos, porque ele tinha a bunda mais gorda e, é claro, mais carne nela. Cada parte do corpo foi cozida e comida, exceto a cabeça, os ossos e as tripas. Ele foi assado no forno (todo o seu lombo), fervido, grelhado, frito e refogado. O menino pequeno era o próximo, e tudo aconteceu da mesma maneira. Nessa época, eu estava morando no 409 na 100 Street, perto do lado direito. Ele me falou com tanta frequencia como a carne humana era gostosa, que eu decidi prová-la.
No domingo 3 de junho de 1928 telefonei para vocês no 406 w 15 st. Trouxe-lhes um pote de queijo e morangos. Nós almoçamos. Grace sentou no meu colo e me beijou. Eu me convenci a comê-la (naquele momento), com a desculpa de levá-la a uma festa. Você disse sim, ela poderia ir a festa comigo. Eu a levei a uma casa vazia em Westchester que já tinha escolhido. Quando chegamos lá, disse a ela para ficar no quintal. Grace colheu flores selvagens. Eu subi as escadas e tirei toda a minha roupa. Sabia que, se não o fizesse, ficaria com o sangue dela nas roupas. Quando eu estava pronto, fui até a janela e a chamei. Então me escondi no armário até a menina entrar no quarto. Quando ela me viu completamente nu, começou a chorar e tentou correr escadas abaixo. Eu a agarrei e ela disse que ia contar para a mãe dela.
Tirei a roupa de Grace, deixando-a nua. Como ela chutou, mordeu e arranhou! Eu a asfixiei até a morte, então a cortei em pequenos pedaços para poder levar a carne para meus aposentos. Cozinhei e comi aquilo. Como era doce e tenro seu pequeno lombo assado no forno. Levei nove dias para comer seu corpo inteiro. Eu não fodi a menina, embora pudesse tê-lo feito, se tivesse desejado. Grace morreu uma virgem.
Ninguém quis acreditar que aquela carta era verdadeira. Todos ficaram chocados com a descrição fria de uma mente perversa, narrando o assassinato da pequena Grace com tantos detalhes. Como se não bastasse, o assassino abominável ainda enviou a receita que utilizou para canibalizar a vítima, relatando seus inimagináveis atos à mãe dela. Essa pessoa não podia ser normal.
Dotado de uma postura extremamente profissional, apesar do horror com que leu aquelas palavras, o detetive King se ateve a detalhes relatados na carta que só podiam ser do conhecimento do próprio assassino. Era fato que Frank Howard levara queijo e morangos na visita que fizera aos Budd, a carroça na qual havia comprado foi inclusive localizada pela polícia e ficava no East Harlem, o que direcionou as investigações para aquele bairro.
A caligrafia da carta endereçada a Delia Budd também foi comparada à resposta ao anúncio colocado no jornal por Edward, irmão de Grace, em 1928. O tal Frank Howard, seis anos antes, respondera ao jornal Wester Union, e com certeza se tratava da caligrafia da mesma pessoa.
O envelope que continha a carta também foi examinado como evidência. Ali foi encontrada uma pista crucial: um pequeno emblema hexagonal com as letras N.Y.P.C.B.A., que pertenciam à New York Private Chauffeur’s Benevolent Association (Associação Beneficiente de Motoristas Particulares de Nova York). Com a cooperação do presidente da associação, uma reunião de emergência convocou todos os membros, e a caligrafia deles foi examinada e comparada. Como nenhuma delas combinou positivamente com a do assassino, o detetive King contou a todos a história do crime contra Grace e pediu aos presentes que se alguém tivesse levado da associação algum papel de carta ou envelope timbrado e dado para outra pessoa, que, por favor, se apresentasse e relatasse a polícia o acontecido. Um jovem porteiro admitiu que pegara duas folhas e alguns envelopes e levara para casa. Ao interrogar a senhoria da pensão onde ele morava, a polícia descreveu o suspeito Frank Howard. A expressão de surpresa da senhoria não deixava dúvidas de que ela sabia de quem se tratava: era a exata descrição do homem idoso que morara ali por dois meses e tinha saído da pensão havia apenas dois dias.
O inquilino chamava-se Albert H. Fish. A senhoria mencionou que ele pedira que guardasse a carta que seu filho mandaria para ele de onde trabalhava, Civilian Conservations Corps, na Carolina do Norte. O filho mandava dinheiro com regularidade para o seu velho pai. Finalmente, dias depois, o correio avisou a polícia, que deteve uma carta para Albert Fish. Depois de a carta chegar, nada de ele aparecer. O detetive King estava ficando preocupado, pois poderia ter afugentado o assassino. Por que Fish não mais contatou sua senhoria?
Prisão e novas descobertas
No dia 13 de dezembro de 1934, a senhoria telefonou para o detetive King dizendo que o antigo hóspede estava na pensão procurando pela carta.
O velho homem estava sentado tomando uma xícara de chá quando a polícia chegou. Fish ficou de pé e, quando questionado, confirmou para King quem era. De repente, enfiou a mão no bolso e tirou uma lâmina de barbear. Sem perder tempo e já furioso, King agarrou a mão do velho e torceu-a rapidamente.
- Agora eu te peguei! – disse triunfante.
Vários homens da lei e psiquiatras acompanharam as confissões de Albert Fish. Elas foram censuradas com severidade para a imprensa por causa de seu conteúdo chocante.
O que aconteceu na casa de Wisteria Cottage foi o descrito por Albert Fish na carta para a Sra. Budd. Ao retornar ao local do crime com a polícia para o resgate dos restos mortais da menina, Albert, sem nenhum traço de emoção, observou o trabalho dos policiais, impassível.
Budd pai e filho foram levados à polícia para identificar Fish como sendo a mesma pessoa que denominava-se Frank Howard. Apesar do descontrole dos dois, Fish não se alterou. Aquele estava longe de ser seu único crime.
A ficha criminal de Fish não era nada pequena. Desde 1903 havia registros de prisões por furto, envio de cartas obscenas, crimes de baixo poder ofensivo. Ele estivera internado em instituições mentais mais de uma vez.
Durante o tempo em que toda a burocracia legal se realizava, houve uma surpresa no caso: um maquinista que viu a foto do acusado no jornal veio até a delegacia reconhecê-lo como o homem visto por ele tentando calar o menino Billy Gaffney, em fevereiro de 1927. No pátio de um prédio em Nova York, dois meninos, ambos chamados Billy, 3 e 4 anos, brincavam tranquilamente aos cuidados de um vizinho de 12 anos. Quando a irmã caçula do vizinho acordou chorando em seu berço, ele entrou em casa para atendê-la. Ao retornar ao pátio, os dois Billy não estavam mais lá. O vizinho desesperado, foi chamar o pai do Billy mais novo, que começou uma frenética busca pelo prédio. Só encontraram o Billy mais novo, no terraço da cobertura. Quando o pai perguntou a ele onde estava seu amiguinho Billy Gaffney, ele respondeu: “O bicho-papão pegou ele!”.
Ninguém ligou muito para o que disse a testemunha de 3 anos de idade, considerando se aquele relato era apenas fantasia. Iniciaram uma busca nas vizinhanças, imaginando que o garotinho havia entrado em alguma fábrica do bairro ou caído no canal Gowanus, que se localizava nas cercanias do prédio, mas as buscas não deram em nada. Por fim, um policial resolveu ouvir a descrição da testemunha de 3 anos sobre o tal bicho-papão: era magro e velho, com cabelo e bigode acinzentados. Apesar da clara descrição, os policiais não conectaram este caso ao do “homem grisalho”, acontecido alguns anos antes.
Em julho de 1924, o garoto Francis McDonnell, 8 anos, brincava com seus amigos em frente a sua casa em Staten Island. A mãe, que sempre pajeava o filho, viu algumas vezes um homem velho, de cabelos e bigode grisalhos, observando os garotos que brincavam. Certa tarde o velho chamou Francis, que se afastou com ele, enquanto os outros meninos continuaram a jogar bola. Um vizinho distante diria depois que viu os dois entrando em um matagal, o velho atrás do menino.
O desaparecimento do garoto só foi percebido na hora do jantar. Seu pai, um policial, organizou imediatamente uma busca. O menino foi encontrado na mata, debaixo de alguns galhos de árvore, agredido com brutalidade. Suas roupas haviam sido arrancadas, estavam despedaçadas, e ele foi estrangulado com os suspensórios que usava. Fora surrado de forma tão violenta que os policiais concluíram que ou o velho frágil não era nem tão velho, nem tão frágil ou tinha um cúmplice.
As investigações se concentraram na descrição feita pela mãe do menino sobre o velho que naquela manhã fora visto em frente à casa dela. Era idoso, esguio e tinha cabelo e bigode grisalhos. Os policiais o apelidaram de Homem Grisalho.
Outra testemunha importante também compareceu à delegacia, um senhor de Staten Island, que identificou Fish como o homem que quis atrair sua filha de 8 anos para um matagal localizado não muito longe de onde Francis McDonnell foi assassinado. A menina teria sido abordada apenas três dias antes do assassinato do menino.
Fish também foi identificado como o homem que matou a menina de 15 anos, Mary O’Connor, em Far Rockaway. Seu corpo foi encontrado em um matagal perto da casa em que Fish estava trabalhando como pintor de paredes.
Depois de reconhecido, Fish confessou coisas impensáveis que tinha feito co, Billy Gaffney, inclusive forneceu as várias receitas que utilizou para comê-lo. Não foi difícil concluir que estavam lidando com um compulsivo molestador de crianças. Os promotores do caso tinham a convicção de seu envolvimento em ataques a mais de 100 crianças, enquanto Albert, em suas confissões, alegava ter molestado mais de 400. Ele viveu em 23 estados americanos e disse ter matado pelo menos uma criança em cada local em que morou.
O Homem Grisalho fora encontrado.
Julgamento e morte
Com todas essas evidências contra Albert Fish, a única chance de ele não ser condenado a morte era ser declarado inimputável por psiquiatras forenses.
Os psiquiatras da defesa o diagnosticaram psicótico paranóico. Já os da acusação o consideraram mentalmente são.
Os advogado de defesa, James Dempsey, adotou como estratégia tentar provar a insanidade de seu cliente. Queria demonstrar que Fish sofria de uma demência comum em pintores de parede, chamada lead colic (intoxicação por chumbo, contido nas tintas antigas). Para isso, colocou no banco de testemunhas todos os seis filhos de Fish, que reflataram sobre as autoflagelações do pai a que assistiram durante a infância.
Dempsey também chamou para depor pela defesa o psiquiatra Dr. Wertham, que relatou como no início dos trabalhos achava que Fish estaria mentindo e exagerando sobre as histórias que contava, em especial quando revelou que durante anos enfiava agulhas em seu corpo, na região entre o ânus e o escroto. No começo, ele descreveu como colocava e tirava as agulhas, mas algumas vezes enfiava tão profundamente que a sua retirada se tornava impossível. Depois dessa história, o médico decidiu colocar Fish à prova e solicitou raios X da região pélvica: foram encontradas pelo menos 29 agulhas no seu corpo.
A defesa também argumentou que homens que cozinham e comem criancinhas não podem ser normais. Quando interrogou o pai de Grace, Dempsey teve a coragem de argumentar que, afinal de contas os próprios pais entregaram a filha para Fish. Na opinião dele, ela não havia sido sequestrada. Depois desta alegação a comoção foi tão grande entre os jurados e a platéia que o tribunal quase veio abaixo. O pai de Grace soluçava sem parar.
A estratégia da acusação, por intermédio do promotor Elbert F. Gallagher, foi demonstrar que Albert Fish era mentalmente são, apesar de ser um psicopata sexual. Ele tinha clareza do que fazia, premeditou o crime comprando instrumentos para executá-lo e, ao sequestrar e matar Grace Budd, tinha perfeita consciência de que agia errado. Fish, segundo a promotoria, era dono de uma memória ótima para sua idade e tinha consciência absolouta de onde estava e com quem. Querer provar que aquele homem não sabia o que fazia na hora do crime, para a acusação, era quase um desaforo.
Gallagher pediu que funcionários da corte trouxessem a caixa com os restos mortais de Grace Budd. Em plenário, abriu-a e retirou o crânio da menina para que todos vissem. A defesa pediu um recesso imediato!
Ao final de julgamento tão controverso, Albert Hamilton Fish foi considerado mentalmente são e culpado por assassinato premeditado. Por ser sadomasoquista, adorou ter sido sentenciado a morte em cadeira elétrica. Foi eletrocutado na prisão de Sing Sing, Nova York, em 16 de janeiro de 1936. Foram necessárias duas descargas elétricas para matá-lo, pois as 29 agulhas alojadas em seu corpo ao longo de toda a vida causaram um curto circuito na cadeira elétrica.
Sua última frase foi sobre sua eletrocussão:
- A emoção suprema, a única que nunca experimentei.
Sexo: Masculino
Data de Nascimento: 19 de maio de 1870
Local de nascimento: Washington- EUA
Número de vítimas: 5+
Motivo: Sexual/Sádico
Data da Morte: 16 de janeiro de 1936
Como morreu: Executado na cadeira elétrica
História
Albert Fish nasceu em Washington no dia 19 de maio de 1870. Seu pai tinha 43 anos a mais que sua mãe e pelo menos sete membros de sua família tiveram graves doenças mentais em duas gerações que precederam o nascimento de Fish. Fish tinha 5 anos quando seu pai morreu de ataque cardíaco e sua mãe o colocou em um orfanato. No orfanato ele era frequentemente agredido, descobriu que gostava da dor física e começou a ter ereções quando era agredido, o que o influenciou a gostar do sadomasoquismo. Aos 7 anos sua mãe o tirou do orfanato porque havia conseguido um emprego.
Aos 9 anos Fish caiu de uma cerejeira e machucou seriamente a cabeça, o que mais tarde causaria dores de cabeça e pequenos problemas mentais.
Em 1882, aos 12 anos, Fish começou uma relação homossexual com um rapaz que trabalhava no telégrafo, que o incentivou a beber urina e praticar coprofagia. Fish começou a visitar casas de banho públicas onde observava rapazes se despindo e ali passava grande parte de seus fins de semana.
Em 1889 sua mãe arranjou-lhe um casamento com uma mulher nove anos mais nova. Eles tiveram seis filhos: Albert, Anna, Gertrude, Eugene, John e Henry.
Um ano depois do casamento eles mudaram-se para Nova York, onde Fish começou a ter relações homossexuais sadomasoquistas. Em Nova York ele começou a estrupar crianças e a participar de “atividades bizarras”. Fish começou a trabalhar como pintor e continuava a molestar rapazes, a maioria com menos de seis anos. Um dia, um de seus amantes levou-o a um museu de cera, onde Fish ficou fascinado com a bissetriz de um pênis. Pouco depois desenvolveu um interesse mórbido por castração. Durante uma relação com um homem mentalmente retardado, Fish tentou castrá-lo, mas o homem assustou-se e fugiu.
Em janeiro de 1917, sua mulher fugiu com um aluno interno chamado John Straube. Depois disso Fish começou a ovir vozes. Sua mulher voltou uma vez, trazendo Straube junto, e Fish aceitou-a com a condição de mandar seu amante embora. Mais tarde, ele descobriu que sua esposa estava mantendo Straube no sotão e ela partiu após uma discussão tempestuosa para nunca mais voltar.
Depois da partida de sua esposa Fish mudou muito seu comportamento. Aparentemente sujeito a alucinações, ele balançava seu punho em direção ao céu e gritava “Sou Cristo!”. Obcecado com pecado, sacrificio e reparação pela dor, Fish encorajou seus filhos e seus amigos a espancá-lo até sua nádegas sangrarem. Por conta própria ele inseria diversas agulhas em sua virilha, perdendo algumas de vista. (um raio-x na prisão revelou 29 agulhas inseridas em sua região pélvica, algumas corroídas pelo tempo, como meros fragmentos.). Em outras ocasiões, Fish embebia bolas de algodão em álcool, inseria-as em seu ânus e colocava fogo.
Embora nunca tivesse se divorciado de sua primeira esposa, Fish casou-se mais três vezes, usufruindo de uma vida sexual que os psiquiatras do tribunal descreveriam como uma das “perversidades sem pararelo.”
Os Fatos
Em 1928 Albert Hamilton Fish sentia o coração acelerar ao ler o anúncio de jornal que tinha nas mãos. Tratava-se de um jovem, Edward Budd, oferecendo seus serviços. Era a oportunidade que esperava para agir novamente. Fazia anos que escolhia as crianças e os jovens que levaria com ele, em cada um dos 23 estados americanos em que havia morado. Sua aparência o ajudava bastante, pois, grisalho desde jovem, era sempre tomado por um senhor de certa idade, incapaz de alguma maldade. Era o engano que todos cometiam.
Sem perder tempo, contatou o orgulhoso pai do rapaz que colocara o anúncio e marcaram um encontro para uma entrevista. Usou o pseudônimo de Frank Howard e se apresentou como fazendeiro, sem levantar nenhuma suspeita sobre suas reais intenções.
Mal se conteve até o dia marcado para conhecer o “futuro empregado”. Entrevistou Edward e mais um colega, Willy, e sem perder tempo contratou logo os dois para trabalharem para ele. Viria buscá-los no fim de semana, quando os garotos já estariam de malas prontas.
No domingo, elegante e tranquilo, foi até o endereço da família Budd cumprir o combinado. Como homem educado que era, levou para a dona da casa um pote de queijo e morangos, conquistando a confiança da mãe do rapaz, Delia Budd. O pai do rapaz, Albert, explodia de orgulho pelo fato de Edward ter procurado emprego para ajudar a família a melhorar de vida. Agora o filho trabalharia ajudando aquele alinhado e frágil senhor a cuidar de suas galinhas e vacas leiteiras, engrossando o parco dinheiro do sustento com dignidade e segurança. Ninguém duvidou de que alguém com aquela aparência realmente precisasse de auxílio nos trabalhos pesados que envolviam seus negócios. Ninguém percebeu que o garboroso velhinho não conseguia tirar os olhos da caçula da família, Grace Budd, uma menina de apenas 10 anos. Como que tomado por uma paixão súbita, o frágil senhor mudou drasticamente seus planos.
Sem que ninguém imaginasse suas verdadeiras intenções, o novo patrão de Edward Budd contou para Albert e Delia que tinha de ir ao aniversário de uma sobrinha antes de levar seus novos empregados para a fazenda. Assim, com displic~encia, convidou a linda menina para acompanhá-lo a festa. Seria divertido para Grace, e ela seria ótima companhia para sua sobrinha. Os pais da menina titubearam. Ele poderia dizer onde era a festa? Claro que sim, respondeu Howard, escrevendo o endereço em um pedaço de papel. Sem argumentos para fazer tal descortesia ao novo patrão de seu filho, assistiram quase impotentes enquanto o distinto senhor pegava Grace pela mão e saía pela porta.
Horas depois, já desesperados com o sumiço da filha, chamaram a polícia, que informou à família que o endereço da festa era falso. Nunca mais veriam a menina.
Sem perder tempo, Fish levou a pequena Grace para uma viagem de trem e desceu na estação de Worthington. Excitado ao rever os planos macabros que tinha em mente para ela, quase se esqueceu, no assento em que vieram sentados, da maleta com todos os instrumentos que comprara para castrar Edward e Willy, suas vítimas iniciais. Sorrindo para a menina que o havia lembrado de levar seus pertences, rumou em direção a uma casa vazia em Westchester chamada de Wisteria Cottage, lugar previamente escolhido por ele para colocar em prática seus desejos perversos.
Grace não desconfiou de nada. Ficou no quintal, como o Sr. Howard mandou, colhendo flores. Enquanto a menina se distraía, Fish foi para o quarto no andar superior com suas facas de corte afiado. Experiente, tirou as próprias roupas para não sujá-las de sangue, acenou para Grace da janela, fazendo sinal para que subisse, e se escondeu no armário até que ela adentrasse o quarto o suficiente para que ele a atacasse.
A garotinha gritou, chutou e arranhou seu agressor, sem sucesso, enquanto ele arrancava suas roupas e a asfixiava. Não teve a menor chance, o velhinho não era tão fraco quanto aparentava.
A Carta e a Investigação
Seis anos depois de Grace Budd desaparecer, o caso ainda estava aberto, mas ninguém mais esperava que ela fosse encontrada, nem mesmo seu raptor, Apenas um homem, o detetive William F. King, continuava a trabalhar incansavelmente. De vez em quando, em conjunto com o jornalista Walter Winchell, plantava uma notícia falsa sobre o andamento das investigações no jornal para que o assunto continuasse em pauta, numa frágil tentativa de não deixar o caso cair no esquecimento. Assim foi veiculada a notícia, em novembro, de que em breve surpresas seriam reveladas pelo Departamento de Pessoas Desaparecidas.
Dez dias depois, Delia Budd, mãe de Grace, recebeu uma carta. Por sorte e por causa do seu analfabetismo, entregou-a sem ler ao filho, Edward Budd. O rapaz completamente chocado e perturbado com o conteúdo da leitura, apressou-se em entregar a carta ao detetive King. O conteúdo da carta era o seguinte:
Minha querida sra. Budd,
Em 1884 um amigo meu embarcou como trabalhador braçal de convés no navio Steamer Tacoma, o capitão John Davis. Eles velejaram de San Francisco para Hong Kong, na China. Quando chegaram lá, ele e dois outros foram para terra e ficaram bêbados. Quando voltaram, o navio tinha ido embora. Aqueles eram tempos de fome na China. Carne de qualquer tipo custava de 1 a 3 dólares a libra. Tão grande era o sofrimento entre os muito pobres que todas as crianças com menos de 12 anos foram vendidas como comida, para manter os outros não famintos. Um menino ou menina de menos de 14 anos não estava seguro nas ruas. Você poderia ir a qualquer loja e pedir um bife, cortes de carne ou picadinho. Do corpo nu de um menino ou menina seria trazida exatamente a parte desejada por você, que seria cortada dele.
A parte de trás de meninos ou meninas é a mais doce parte do corpo e era vendida como costela de vitela, no preço mais alto.
John ficou lá tanto tempo que adquiriu gosto por carne humana. Quando voltou para Nova York, ele roubou dois meninos de 7 e 11 anos. Levou-os para sua casa, tirou a roupa dos dois e os amarrou nus no armário. Então queimou tudo deles. Inúmeras vezes, todo dia e noite, ele os espancou e os torturou para fazer com que sua carne ficasse boa e tenra.
Primeiro ele matou o menino de 11 anos, porque ele tinha a bunda mais gorda e, é claro, mais carne nela. Cada parte do corpo foi cozida e comida, exceto a cabeça, os ossos e as tripas. Ele foi assado no forno (todo o seu lombo), fervido, grelhado, frito e refogado. O menino pequeno era o próximo, e tudo aconteceu da mesma maneira. Nessa época, eu estava morando no 409 na 100 Street, perto do lado direito. Ele me falou com tanta frequencia como a carne humana era gostosa, que eu decidi prová-la.
No domingo 3 de junho de 1928 telefonei para vocês no 406 w 15 st. Trouxe-lhes um pote de queijo e morangos. Nós almoçamos. Grace sentou no meu colo e me beijou. Eu me convenci a comê-la (naquele momento), com a desculpa de levá-la a uma festa. Você disse sim, ela poderia ir a festa comigo. Eu a levei a uma casa vazia em Westchester que já tinha escolhido. Quando chegamos lá, disse a ela para ficar no quintal. Grace colheu flores selvagens. Eu subi as escadas e tirei toda a minha roupa. Sabia que, se não o fizesse, ficaria com o sangue dela nas roupas. Quando eu estava pronto, fui até a janela e a chamei. Então me escondi no armário até a menina entrar no quarto. Quando ela me viu completamente nu, começou a chorar e tentou correr escadas abaixo. Eu a agarrei e ela disse que ia contar para a mãe dela.
Tirei a roupa de Grace, deixando-a nua. Como ela chutou, mordeu e arranhou! Eu a asfixiei até a morte, então a cortei em pequenos pedaços para poder levar a carne para meus aposentos. Cozinhei e comi aquilo. Como era doce e tenro seu pequeno lombo assado no forno. Levei nove dias para comer seu corpo inteiro. Eu não fodi a menina, embora pudesse tê-lo feito, se tivesse desejado. Grace morreu uma virgem.
Ninguém quis acreditar que aquela carta era verdadeira. Todos ficaram chocados com a descrição fria de uma mente perversa, narrando o assassinato da pequena Grace com tantos detalhes. Como se não bastasse, o assassino abominável ainda enviou a receita que utilizou para canibalizar a vítima, relatando seus inimagináveis atos à mãe dela. Essa pessoa não podia ser normal.
Dotado de uma postura extremamente profissional, apesar do horror com que leu aquelas palavras, o detetive King se ateve a detalhes relatados na carta que só podiam ser do conhecimento do próprio assassino. Era fato que Frank Howard levara queijo e morangos na visita que fizera aos Budd, a carroça na qual havia comprado foi inclusive localizada pela polícia e ficava no East Harlem, o que direcionou as investigações para aquele bairro.
A caligrafia da carta endereçada a Delia Budd também foi comparada à resposta ao anúncio colocado no jornal por Edward, irmão de Grace, em 1928. O tal Frank Howard, seis anos antes, respondera ao jornal Wester Union, e com certeza se tratava da caligrafia da mesma pessoa.
O envelope que continha a carta também foi examinado como evidência. Ali foi encontrada uma pista crucial: um pequeno emblema hexagonal com as letras N.Y.P.C.B.A., que pertenciam à New York Private Chauffeur’s Benevolent Association (Associação Beneficiente de Motoristas Particulares de Nova York). Com a cooperação do presidente da associação, uma reunião de emergência convocou todos os membros, e a caligrafia deles foi examinada e comparada. Como nenhuma delas combinou positivamente com a do assassino, o detetive King contou a todos a história do crime contra Grace e pediu aos presentes que se alguém tivesse levado da associação algum papel de carta ou envelope timbrado e dado para outra pessoa, que, por favor, se apresentasse e relatasse a polícia o acontecido. Um jovem porteiro admitiu que pegara duas folhas e alguns envelopes e levara para casa. Ao interrogar a senhoria da pensão onde ele morava, a polícia descreveu o suspeito Frank Howard. A expressão de surpresa da senhoria não deixava dúvidas de que ela sabia de quem se tratava: era a exata descrição do homem idoso que morara ali por dois meses e tinha saído da pensão havia apenas dois dias.
O inquilino chamava-se Albert H. Fish. A senhoria mencionou que ele pedira que guardasse a carta que seu filho mandaria para ele de onde trabalhava, Civilian Conservations Corps, na Carolina do Norte. O filho mandava dinheiro com regularidade para o seu velho pai. Finalmente, dias depois, o correio avisou a polícia, que deteve uma carta para Albert Fish. Depois de a carta chegar, nada de ele aparecer. O detetive King estava ficando preocupado, pois poderia ter afugentado o assassino. Por que Fish não mais contatou sua senhoria?
Prisão e novas descobertas
No dia 13 de dezembro de 1934, a senhoria telefonou para o detetive King dizendo que o antigo hóspede estava na pensão procurando pela carta.
O velho homem estava sentado tomando uma xícara de chá quando a polícia chegou. Fish ficou de pé e, quando questionado, confirmou para King quem era. De repente, enfiou a mão no bolso e tirou uma lâmina de barbear. Sem perder tempo e já furioso, King agarrou a mão do velho e torceu-a rapidamente.
- Agora eu te peguei! – disse triunfante.
Vários homens da lei e psiquiatras acompanharam as confissões de Albert Fish. Elas foram censuradas com severidade para a imprensa por causa de seu conteúdo chocante.
O que aconteceu na casa de Wisteria Cottage foi o descrito por Albert Fish na carta para a Sra. Budd. Ao retornar ao local do crime com a polícia para o resgate dos restos mortais da menina, Albert, sem nenhum traço de emoção, observou o trabalho dos policiais, impassível.
Budd pai e filho foram levados à polícia para identificar Fish como sendo a mesma pessoa que denominava-se Frank Howard. Apesar do descontrole dos dois, Fish não se alterou. Aquele estava longe de ser seu único crime.
A ficha criminal de Fish não era nada pequena. Desde 1903 havia registros de prisões por furto, envio de cartas obscenas, crimes de baixo poder ofensivo. Ele estivera internado em instituições mentais mais de uma vez.
Durante o tempo em que toda a burocracia legal se realizava, houve uma surpresa no caso: um maquinista que viu a foto do acusado no jornal veio até a delegacia reconhecê-lo como o homem visto por ele tentando calar o menino Billy Gaffney, em fevereiro de 1927. No pátio de um prédio em Nova York, dois meninos, ambos chamados Billy, 3 e 4 anos, brincavam tranquilamente aos cuidados de um vizinho de 12 anos. Quando a irmã caçula do vizinho acordou chorando em seu berço, ele entrou em casa para atendê-la. Ao retornar ao pátio, os dois Billy não estavam mais lá. O vizinho desesperado, foi chamar o pai do Billy mais novo, que começou uma frenética busca pelo prédio. Só encontraram o Billy mais novo, no terraço da cobertura. Quando o pai perguntou a ele onde estava seu amiguinho Billy Gaffney, ele respondeu: “O bicho-papão pegou ele!”.
Ninguém ligou muito para o que disse a testemunha de 3 anos de idade, considerando se aquele relato era apenas fantasia. Iniciaram uma busca nas vizinhanças, imaginando que o garotinho havia entrado em alguma fábrica do bairro ou caído no canal Gowanus, que se localizava nas cercanias do prédio, mas as buscas não deram em nada. Por fim, um policial resolveu ouvir a descrição da testemunha de 3 anos sobre o tal bicho-papão: era magro e velho, com cabelo e bigode acinzentados. Apesar da clara descrição, os policiais não conectaram este caso ao do “homem grisalho”, acontecido alguns anos antes.
Em julho de 1924, o garoto Francis McDonnell, 8 anos, brincava com seus amigos em frente a sua casa em Staten Island. A mãe, que sempre pajeava o filho, viu algumas vezes um homem velho, de cabelos e bigode grisalhos, observando os garotos que brincavam. Certa tarde o velho chamou Francis, que se afastou com ele, enquanto os outros meninos continuaram a jogar bola. Um vizinho distante diria depois que viu os dois entrando em um matagal, o velho atrás do menino.
O desaparecimento do garoto só foi percebido na hora do jantar. Seu pai, um policial, organizou imediatamente uma busca. O menino foi encontrado na mata, debaixo de alguns galhos de árvore, agredido com brutalidade. Suas roupas haviam sido arrancadas, estavam despedaçadas, e ele foi estrangulado com os suspensórios que usava. Fora surrado de forma tão violenta que os policiais concluíram que ou o velho frágil não era nem tão velho, nem tão frágil ou tinha um cúmplice.
As investigações se concentraram na descrição feita pela mãe do menino sobre o velho que naquela manhã fora visto em frente à casa dela. Era idoso, esguio e tinha cabelo e bigode grisalhos. Os policiais o apelidaram de Homem Grisalho.
Outra testemunha importante também compareceu à delegacia, um senhor de Staten Island, que identificou Fish como o homem que quis atrair sua filha de 8 anos para um matagal localizado não muito longe de onde Francis McDonnell foi assassinado. A menina teria sido abordada apenas três dias antes do assassinato do menino.
Fish também foi identificado como o homem que matou a menina de 15 anos, Mary O’Connor, em Far Rockaway. Seu corpo foi encontrado em um matagal perto da casa em que Fish estava trabalhando como pintor de paredes.
Depois de reconhecido, Fish confessou coisas impensáveis que tinha feito co, Billy Gaffney, inclusive forneceu as várias receitas que utilizou para comê-lo. Não foi difícil concluir que estavam lidando com um compulsivo molestador de crianças. Os promotores do caso tinham a convicção de seu envolvimento em ataques a mais de 100 crianças, enquanto Albert, em suas confissões, alegava ter molestado mais de 400. Ele viveu em 23 estados americanos e disse ter matado pelo menos uma criança em cada local em que morou.
O Homem Grisalho fora encontrado.
Julgamento e morte
Com todas essas evidências contra Albert Fish, a única chance de ele não ser condenado a morte era ser declarado inimputável por psiquiatras forenses.
Os psiquiatras da defesa o diagnosticaram psicótico paranóico. Já os da acusação o consideraram mentalmente são.
Os advogado de defesa, James Dempsey, adotou como estratégia tentar provar a insanidade de seu cliente. Queria demonstrar que Fish sofria de uma demência comum em pintores de parede, chamada lead colic (intoxicação por chumbo, contido nas tintas antigas). Para isso, colocou no banco de testemunhas todos os seis filhos de Fish, que reflataram sobre as autoflagelações do pai a que assistiram durante a infância.
Dempsey também chamou para depor pela defesa o psiquiatra Dr. Wertham, que relatou como no início dos trabalhos achava que Fish estaria mentindo e exagerando sobre as histórias que contava, em especial quando revelou que durante anos enfiava agulhas em seu corpo, na região entre o ânus e o escroto. No começo, ele descreveu como colocava e tirava as agulhas, mas algumas vezes enfiava tão profundamente que a sua retirada se tornava impossível. Depois dessa história, o médico decidiu colocar Fish à prova e solicitou raios X da região pélvica: foram encontradas pelo menos 29 agulhas no seu corpo.
A defesa também argumentou que homens que cozinham e comem criancinhas não podem ser normais. Quando interrogou o pai de Grace, Dempsey teve a coragem de argumentar que, afinal de contas os próprios pais entregaram a filha para Fish. Na opinião dele, ela não havia sido sequestrada. Depois desta alegação a comoção foi tão grande entre os jurados e a platéia que o tribunal quase veio abaixo. O pai de Grace soluçava sem parar.
A estratégia da acusação, por intermédio do promotor Elbert F. Gallagher, foi demonstrar que Albert Fish era mentalmente são, apesar de ser um psicopata sexual. Ele tinha clareza do que fazia, premeditou o crime comprando instrumentos para executá-lo e, ao sequestrar e matar Grace Budd, tinha perfeita consciência de que agia errado. Fish, segundo a promotoria, era dono de uma memória ótima para sua idade e tinha consciência absolouta de onde estava e com quem. Querer provar que aquele homem não sabia o que fazia na hora do crime, para a acusação, era quase um desaforo.
Gallagher pediu que funcionários da corte trouxessem a caixa com os restos mortais de Grace Budd. Em plenário, abriu-a e retirou o crânio da menina para que todos vissem. A defesa pediu um recesso imediato!
Ao final de julgamento tão controverso, Albert Hamilton Fish foi considerado mentalmente são e culpado por assassinato premeditado. Por ser sadomasoquista, adorou ter sido sentenciado a morte em cadeira elétrica. Foi eletrocutado na prisão de Sing Sing, Nova York, em 16 de janeiro de 1936. Foram necessárias duas descargas elétricas para matá-lo, pois as 29 agulhas alojadas em seu corpo ao longo de toda a vida causaram um curto circuito na cadeira elétrica.
Sua última frase foi sobre sua eletrocussão:
- A emoção suprema, a única que nunca experimentei.
sábado, 12 de setembro de 2009
As Mulheres Mais perversas da História
Descrição:
Este livro reúne quinze mulheres cujos crimes, em um momento ou outro, mancharam as páginas da história. Das imperatrizes romanas a filhas ciumentas, passando por donas de casas entediadas, todas foram culpadas de crimes horríveis. Considerar suas perpetradoras mais monstruosas que seus congêneres masculinos pelo fato de serem mulheres é um tema controvertido, mas não está em discussão o caráter grotesco dos crimes.
Editora: Planeta do Brasil
Autor: Shelley Klein
ISBN: 8589885461
Ano: 2004
Número de páginas: 278
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
A Paixão no Banco dos Réus
Descrição:
A presente obra reúne os casos de crimes passionais com maior repercussão no país, dentre eles os assassinatos do escritor Euclides da Cunha, da socialite Ângela Diniz, da cantora Eliane de Grammont, da atriz Daniella Perez, de Patrícia Ággio Longo pelo promotor Igor Ferreira e de Sandra Gomide, jornalista, vítima de Pimenta Neves, além de narrar um caso de paixão homossexual. Após o exame do homicídio e da solução dada pela Justiça, há uma análise do crime passional, examinando suas causas e circunstâncias e também as teses normalmente utilizadas pela acusação e pela defesa. O objetivo desta obra é mostrar que o verdadeiro amor não leva ao crime e que a legítima defesa da honra não pode mais ser utilizada como justificativa para o assassinato.
Editora: Saraiva
Autor: Luiza Nagib Eluf
ISBN: 9788502061460
Ano: 2007
Número de páginas: 201
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
A Ciência do Mal
Vídeo interessante sobre de onde vem o mal que leva pessoas a cometerem atos inacreditáveis.
Mentes Criminosas e Crimes Assustadores
Descrição:
Os autores mergulham na cabeça de criminosos para compreender o porquê de determinado crime. Eles reexaminam e reinterpretam fatos e o histórico da vítima utilizando técnicas de análise criminal e perfis, desenvolvida no FBI.
Editora: Ediouro
Autor: Jonh Douglas e Mark Olshaker
Autor: Jonh Douglas e Mark Olshaker
ISBN: 8500010452
Ano: 2002
Número de páginas: 480
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
Ano: 2002
Número de páginas: 480
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
domingo, 6 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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